Profissional contratada ou amiga pessoal?
22 de outubro de 2015
Quando consultamos o dicionário, encontramos a palavra “arquitetar” descrita como planejar, projetar, criar, idealizar… E até mesmo fantasiar! E então eu pergunto: como projetar com qualidade sem participar minimamente da intimidade do seu cliente?
Depois de tantos anos de profissão, eu diria que até podemos projetar mantendo a distância tradicional que outras profissões exigem. No entanto, o resultado fatalmente será impessoal e frio.
Costumo dizer que a arquitetura é a materialização dos nossos sonhos. Os projetos de sucesso são aqueles que são sonhados juntos! Arquiteto e cliente em parceria: o cliente trazendo suas necessidades, anseios, desejos – muitas vezes recortados de viagens, revistas, imagens registradas na memória, e, quase sempre desencontrados em soluções e estilos – e o arquiteto, por sua vez, compilando todas estas informações, absorvendo entrelinhas, mergulhando na personalidade do seu cliente, para, por fim, traduzir tudo isto em ideias que vão para o papel na poética das linhas, dos croquis, do seu traço pessoal.
Há sim uma enorme simbiose que é determinante no processo de projetar. Esta troca se inicia já no primeiro encontro. Na reunião de briefing, já é possível sentir se haverá esta química ou não. E ela será importantíssima ao longo do tempo.
Por isto, se vale uma dica… Na hora de escolher seu arquiteto, leve em conta seu histórico profissional, criatividade, estilo, profissionalismo e competência. Mas não esqueça de eleger alguém com quem se identifique pessoalmente, com quem possa ter longas e confortáveis conversas. E no fim do seu projeto ou obra, muito provavelmente terás um(a) novo(a) amigo(a)!
