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RH, Branding por favor?

25 de abril de 2016

E você já viu ou viveu esta cena: um telefonema com uma proposta de emprego maravilhosa. A necessidade deles é urgente. Na rápida conversa você parece preencher todos os requisitos e é marcada uma entrevista pessoal. Você é puro sucesso: empatia, simpatia e muita sintonia. Até o final da semana alguém promete ligar porque o processo é “urgente”. E passados quase dois meses ninguém se manifesta.

Esteja recolocado ou em busca de uma oportunidade, a expectativa foi criada. Atiçaram seus sonhos, você pesquisou a missão, visão e valores da empresa. Decorou a linha de produtos, se apaixonou pelo negócio e mentalmente já fez o caminho da sua casa até o novo trabalho. Mas o foco aqui não é a sua expectativa, mas sim o Recursos Humanos: a imagem desta empresa está sendo cuidada?

O RH da empresa X, com nome e sobrenome, tem atuado com pouca responsabilidade em relação a imagem da empresa que representa. As Marcas mais valiosas do mundo tem em seu staff pessoas orgulhosas de estarem lá. Investem em plano de carreira, cursos, qualificação, job rotation, ações motivacionais e bônus como diferencial. Mas isto serve para quem já tem intimidade e está no time.  

O namoro corporativo e o encantamento perdem espaço a cada dia com alto volume de candidatos e baixo número de posições. Aquele estagiário que não recebeu retorno da dinâmica de grupo hoje, daqui a 7 anos pode ser um gestor formador de opinião. O diretor candidato àquela posição de CEO pode ir para a organização que amanhã comprará sua marca. Não se trata somente da imagem da empresa mas do respeito ao candidato. É preciso dimensionar as consequências de um mercado que muda a cada dia e mensurar os danos. 

Há alguns anos o descaso com o retorno no processo seletivo está na contramão do amor à marca. Não é só Marketing que faz Branding. Mais carinho, por favor, RH. 

Muito Sucesso!