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Por um mundo mais autêntico

15 de setembro de 2015

Estamos perguntando menos. Sentimos dor e pesquisamos a dor. Recebemos o resultado de algum exame e diagnosticamos nos campos de pesquisa do nosso computador todos os dados sem conversar com um médico. Precisamos encontrar um endereço? GPS. A gente não pára mais, não pergunta, não troca e não conversa. E quando existe esta oportunidade, já pedimos: whatsapp? Facebook? Linkedin? Estamos perdendo a curiosidade na humanidade. Cara a cara, lógico. Porque virou a esquina e a gente pesquisa a rede social do outro. 

Livros vendendo menos. Sites reformulando conteúdo curto e objetivo porque as pessoas não têm tempo. Perdemos a paciência em interpretar, a curiosidade em aprofundar o conhecimento sobre um tema qualquer. Julgamos que rede social é cultura rápida, atualiza e formata pontos de vista prontos e instantâneos. Para quê refletir a respeito se é só pegar uma opinião aqui, outra ali e tudo é “tããããooo” parecido com o que você pensa que é quase igual!? Para que ler um livro? Duzentas páginas? Dá um google e tem resumo. Estamos formando nossa opinião e educando nossos filhos sobre o conceito alheio. No meio deste caminho, deixamos valores familiares, abandonamos nossa cultura e nossas referências em troca da economia de tempo.

É preocupante presenciar a educação de uma geração estruturada na superficialidade dos debates. Quem tem mais de 40 anos prestou muita atenção quando os sábios avós falavam. Valorizou o conhecimento da pessoa mais idosa do bairro. Brilhou os olhos ao novo visitante da cidade que trouxe uma cultura diferente lá de longe. Ouviu  e respeito seus professores da escola transmitirem sua opinião a respeito da economia ou da política. Leu muito para misturar história, técnica e cultura para formular seu próprio ponto-de-vista . Mudou de idéia sim mas foi porque uma informação nova entrou na história.  E pensando bem, após refletir a respeito de si mesmo, da situação e do outro, por bem achou que mudar sua opinião seria mais adequado de acordo com sua imagem pessoal.

Um alerta para o resgate da curiosidade no outro e do contato pessoal. Da paciência para ler e buscar conhecimento através dos livros. Do respeito à sabedoria que nem sempre está na idade, mas no bom senso e maturidade de quem busca o conhecimento na fonte mais pura e fidedigna que já existiu na era da informação: o ser humano.

Mais perguntas. Mais humanidade nas relações. Menos respostas prontas. E teremos um mundo melhor construído por pessoas autênticas.

Muito sucesso!