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Pra que serve o museu de arte?

30 de novembro de 2015

Do colecionismo, uma invenção europeia, para o “gabinetes de curiosidades que surgiu o conceito do museu para abrigar coleções. Claro que isso levou séculos para acontecer… 

O Museu do Louvre foi o primeiro museu nacional de arte e surgiu por ideais democráticos. Sim, porque mesmo no século XVII já se debatia que todo mundo tem o direito de acessar a arte. Porém, ainda assim estava imbuído de uma base autoritária já que as coleções incutiam o gosto de uma elite — impondo seu ideal estético como sendo o melhor para todos. 

Só a partir do século 19 os museus se multiplicam. E assim começam também a serem vistos como espaço para preservar acervos e obras como representação do tempo.  Mas é no século XX, graças a pressão social, que o museu evolui para ser de fato um espaço cada vez mais público. Surgem, por exemplo, os programas educativos. Também se destacam a importância da interatividade e da inclusão de pessoas com deficiência.  O museu, além de preservar e expor arte, deveria receber visitas de vários públicos e ter mediadores preparados. 

O museu é instituição que detém as memórias da coletividade e deve, cada vez mais, dar acesso genuíno às comunidades.

Além de servir para o aprendizado visual, o museu ajuda a incorporar sentidos e fortalece a individualidade sensível e social. A arte potencializa o questionamento, contribui para as pessoas se expressarem porque provoca diálogos. A arte desperta e forma a consciência crítica e o museu é o espaço de relacionamento para compreender o mundo e compreender o outro. 

Por isso, para realmente servir, o museu tem que falar a língua das pessoas, para que a gente aprenda a apreender, para que a gente crie repertório e possa estabelecer relações e, assim, expandir a mente e pensar por conta própria. 

O museu serve pra gente perceber que enquanto todos morremos as obras de arte continuam. É para isso que serve: pra gente entender a transitoriedade humana. 

O museu de arte, gente, serve é pra gente evoluir.  

Saiba mais nesta série da Univesp