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Artes Visuais: obras de artistas locais criam novas experiências nas hospedagens

4 de julho de 2016

Li uma matéria bacana no jornal NY Times sobre a iniciativa de gerentes de hotéis americanos em colocar em suas dependências obras de arte produzidas por artistas locais. 

Não que seja exatamente uma novidade. Já há ações neste sentido aqui mesmo, em João Pessoa, mas isso se deve a sensibilidade do arquiteto. Um dos exemplos é o trabalho da aclamada Janete Costa (*1932 +2008) no hotel VerdeGreen, beira-mar de Manaíra.  A proposta do hotel, premiado por suas iniciativas para gerar menos impacto ambiental, já dialoga com o conceito de sustentabilidade desde a entrada, com a obra do paraibano José Rufino.

A diferença é que no caso de Nova Iorque, são os gestores que estão buscando promover com arte novas experiências aos seus clientes. E não se trata de reforço estético. De acordo com Dan Vinh, vice-presidente de marketing e estilo de vida do Marriot, inserir obras de artistas locais é realmente uma forma de atender clientes que têm altas expectativas e querem novas experiências nas hospedagens.  

O esforço é para criar um ambiente inserido na comunidade local gerando uma grande experiência da viagem desde as acomodações até os serviços. 

Vale lembrar de uma ação que gerou bastante impacto em 2011, quando o Omni Dallas inseriu 6.500 peças de arte originais em seus espaços (incluindo 150 artistas locais). Exageros à parte, dois anos depois, a marca repetiu a iniciativa numa escala menor, em outras unidades. 

Mas estamos aqui realmente falando de cultura e contexto. O Renaissance New York Midtown Hotel instalou este ano unidade numa região que reúne várias confecções e lojas. Os artistas locais Andre Woolery (botões sobre tela) e Abby Goodman (sapatos) garantiram espaço porque realmente expressam a vocação do distrito e criam uma conexão do hotel com a expectativa do hóspede que vai à região. 

Minha crença é que a ação pode ajudar a movimentar o mercado da arte. O hotel Andaz na Quinta Avenida realizou um concurso entre estudantes de arte na cidade para selecionar obras para os corredores dos andares dos hóspedes. De acordo com a reportagem, dezenas de obras foram vendidas. 

A conclusão da reportagem é de que as cadeias de hotéis baratos estão ignorando a tendência, mas há exceções: o Graduation Hotels, cujo mercado alvo é cidades onde há faculdades com foco em estudantes, a arte local têm ajudado no marketing. Isso porque tem gerado engajamento já que as pessoas compartilham as obras nas redes sociais. Desta forma, a pequena rede vem ganhado destaque na concorrência. 

Isso reforça que as pessoas estão olhando mais para as ideias que falam a eles como indivíduos. E as artes visuais realmente tem este poder. 

Fonte: http://nyti.ms/298BefQ