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Por Que Um Casamente Acaba? Depende de Como Ele Começa!

16 de setembro de 2016

“Eu, x, te recebo y, como meu marido e te prometo ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe”.

A separação da Fátima Bernardes e William Bonner fez mais barulho do que o impeachment da Dilma Rousseff, nesta última semana, aqui no Brasil! Por que será? 

O tema amor e casamento, ao contrário dos que dizem estar fora de moda, ainda está bastante atual. Tanto que basta um famoso sonhar em mudar o seu estado civil – casar ou separar – que a mídia explora o fato e o vulgariza tornando manchete de jornais e revistas. Seja fato ou boato, investem pesado na notícia! 

Ao tomar conhecimento da separação de Fátima Bernardes, a população não poupou as palavras. Umas com mensagens de conforto e esperança, outras, nem tanto, abusaram das críticas destrutivas e deboches. A verdade é que as pessoas se inflamam quando o tema Relacionamento vem à baila, seja no começo ou no fim de uma relação.

Mas vamos lá! Respondendo a pergunta inicial: Por que mesmo um casamento se acaba?

Um casamento acaba por vários motivos:

. Porque o casal está brigando demais;

. Porque os interesses e objetivos do casal não são mais compatíveis;

. Porque o tesão acabou, o sexo vai mal, houve traição;

. Porque a situação financeira está muito ruim…

E aí eu poderia esticar essa lista até amanhã! Mas vou poupá-los disso! ; )

Na verdade, qualquer mudança de clima pode acabar um casamento em que um dos cônjuges não quer mais se manter casado! Pronto, falei!!! A justificativa é só um pretexto para calar a boca dos “zoiúdos”, que são os fofoqueiros de plantão, aquelas pessoas que fazem questão de estar atualizadas com tudo o que acontece na vida dos outros.

Não é novidade para nenhum adulto que todo final de relacionamento traz alegria e alívio para uma das partes, enquanto a outra, sentindo-se traída e abandonada, acha que o mundo se acabou, que a casa caiu e só sente vontade de morrer.

Os índices nas taxas de divórcio continuam aumentando vertiginosamente, da mesma forma que os recasamentos. Poderíamos deduzir que as pessoas gostam de se casar? Gostam de se divorciar? É difícil estar solteiro, e mais ainda se manter casado?

Afinal, para que as pessoas se casam? Por que as pessoas se separam?

Fiz essas perguntas a um pequeno número de pessoas. As respostas foram basicamente as mesmas: As pessoas se casam para ser felizes! As pessoas se separam porque estavam se sentindo infelizes!

Eu pensei, pensei, pensei de novo, e mais uma vez… E me perguntei: no contrato nupcial e no juramento que se faz no ato do casamento, onde está escrita a promessa de felicidade? Por acaso alguém leu que se comprometia em fazer o outro feliz após o casamento? Bem, foi muito difícil responder claramente essas perguntas, ou melhor, a pergunta sobre o contrato de casamento. No que se refere ao juramento nupcial, este, apesar de ser feito repetindo-se as palavras pronunciadas pelos padres, pastores, etc., e ser explorado, constantemente, nas belas cenas românticas de novelas e filmes, algumas partes dele são lembradas por muita gente que já se casou, ou, pelo menos, que assistiu a um casamento alguma vez na vida. Mas o contrato civil, este, após assinado, desaparece da nossa vista como num passe de mágica! Aliás, eu tenho pensado muito sobre isso! O contrato de casamento é, creio eu, o único documento que assinamos e nuca mais vemos nem a “cor”. Estou me referindo às cláusulas do contrato que determinam os direitos e deveres das partes! Tudo o que compramos, vendemos ou alugamos, cada uma das partes envolvidas na negociação, guarda consigo a cópia do acordo. Obviamente, lembrando-lhes de todas as responsabilidades assumidas ao assinarem aquele papel. No casamento, nem os nubentes, nem os padrinhos ou testemunhas, apesar de deixarem nele as suas assinaturas, fica com uma cópia deste documento. Não estou me referindo à Certidão de Casamento que diz quem são os noivos, sua filiação, opção do regimento da união, local e data da cerimônia… Como já deixei claro, refiro-me ao documento que tivemos que assinar, comprovando que nos casamos, onde, inclusive, deve estar escrito que foi uma escolha espontânea. Ele existe, eu sei! Mas, porque não lemos e nem guardamos uma cópia conosco, é que ainda não entendi!

Sem mais delongas, se os noivos prometem ficar jutos até que a morte os separe, por que os casamentos se acabam, afinal?

“Eu, x, te recebo y, como meu marido e te prometo ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe”.

Os casamentos acabam porque as pessoas se esquecem do porquê de terem se casado, e não tem nada (além de fotos e vídeos que reproduzem a festividade da cerimônia), que mantenha as suas mentes fresquinhas do compromisso que assumiram naquele momento tão especial. O juramento no altar é a promessa mais mentirosa que assumimos publicamente, diante de Deus, de parentes e amigos nossos e do nosso companheiro. Algum advogado que esteja lendo este texto agora poderá defender o juramento dizendo: “O casal, ao pronunciar aquele juramento, tinha a fiel intenção de cumpri-lo ao pé da letra, naquele exato momento.” Essa justificativa é suficiente para você? Porque, para mim, NÃO! Por isso, defendo a ideia de que, nos álbuns e vídeos de casamentos, seja imprescindível, que antes de qualquer imagem, esteja lá, em primeiro plano e instância, todos os detalhes do compromisso que o casal assumiu no contrato e juramento nupcial e que deve ser cumprido pelo resto de suas vidas. Do contrário, inclua-se a opção de separação e divórcio, para que restauremos o verdadeiro sentido do casamento como um ato sério e sagrado que, espontaneamente, optamos vivenciar. Que fique claro para os nubentes, padrinhos e espectadores da cerimônia nupcial que, quando o relacionamento não estiver bom, não tiver expectativa de melhorar, e, mesmo havendo muito respeito recíproco, se não existir amor suficiente entre o casal nem vontade de restaurar aquela história de amor que se perdeu nas lembranças, talvez a melhor solução seja manter, entre eles, a invejável amizade, caso exista, e partir, cada um, para o seu caminho, em busca da tão sonhada felicidade.

Desta forma, haverá maior congruência entre as decisões de casamento e divórcio, e menos sentimento de culpa e surpresa em caso de separação, posto que esta possibilidade está prevista dentro do acordo nupcial que sela o princípio da união.

Quer falar comigo? Tirar dúvidas ou contar a sua história? Escreva para mim! Será um prazer poder ajudar você!