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Liderança e participação política

2 de setembro de 2015

Em escala global, regional e local, a liderança das mulheres e sua participação política estão comprometidas. As mulheres estão sub-representadas como eleitoras e em posições de liderança , seja em cargos eletivos , de serviços públicos, no setor privado ou na academia. Isso ocorre apesar de suas habilidades comprovadas como líderes e agentes de mudança, e de seu direito de participar igualmente na governança democrática.

As mulheres enfrentam dois tipos de obstáculos à participação na vida política. Os obstáculos estruturais, por meio de leis e instituições discriminatórias, ainda limitam as opções das mulheres de votar ou concorrer a um cargo. Em linhas gerais, o imaginário determina lacunas de capacidade que significam que as mulheres são menos prováveis ??do que homens de ter a educação, os contatos e os recursos necessários para se tornarem líderes eficazes.

Como destaca a Resolução de 2011 sobre participação política das mulheres da Assembleia Geral da ONU, “mulheres em todas as partes do mundo continuam a ser marginalizadas na esfera política, muitas vezes como resultado de leis discriminatórias, práticas, atitudes e estereótipos de gênero, baixos níveis de educação, falta de acesso à saúde e também pelo efeito desproporcional da pobreza nas mulheres ” .

Individualmente, algumas mulheres têm superado esses obstáculos com grande sucesso, e muitas vezes para o benefício da sociedade em geral. Entretanto, para as mulheres como um todo, o acesso à liderança e participação política deve ser nivelado, abrindo oportunidades para a igualdade.

Nosso trabalho

Como parte da reação aos protestos que tomaram as ruas do país em junho de 2013, a presidente Dilma Rousseff reconheceu a necessidade de uma “reforma política ampla e profunda que aumente a participação popular e o horizonte da cidadania”. A Reforma Política tem sido uma longa aspiração dos movimentos sociais e representa uma oportunidade para promover participação política das mulheres no Brasil. ONU Mulheres apoiará as atividades com a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados (composta pela Bancada Feminina e pelos Comitês de Mulheres de ambas as casas), a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e com o Movimento das Mulheres para promover o debate em favor da paridade, no âmbito da reforma política. Com as eleições em 2014 e 2016, a ONU Mulheres apoiará a campanha da SPM “Mais Mulheres no Poder” e o cumprimento da Lei de Cotas pelos Tribunais Eleitorais. Em parceria com os parlamentares, candidatos e partidos políticos, a ONU Mulheres também vai promover uma agenda para os direitos das mulheres. O apoio do Fundo para a Igualdade de Gênero (FIG) para o projeto “Mais Direitos , mais poder para as mulheres brasileiras” será crucial para a consecução desses resultados.

A participação das mulheres nos espaços de poder e tomada de decisão continuará a ser uma prioridade, especialmente para apoiar grupos sub-representados, tais como afrodescendentes, indígenas e mulheres jovens. Em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), a ONU Mulheres vai organizar “capacitações políticas”, como parte do programa “Mais Direitos, mais poder para Jovens Mulheres Brasileiras”, financiado pelo Fundo Fiduciário Temático de Governança Democrática do PNUD. Informações sobre o programa sub-regional “Jovem Mulheres Cidadãs” serão sistematizados com o apoio do Escritório Regional. Por fim, a ONU Mulheres pretende desenvolver, por meio de um processo participativo, um programa para o empoderamento das mulheres indígenas para fortalecer sua liderança e participação política no país.