A existência humana
28 de julho de 2015
Alguns mistérios sobre a existência do homem sempre causaram inquietudes. De onde vim? Para onde vou? Meu destino já foi traçado? Eis as grandes questões de nossa existência. O plano de Deus para nossas vidas continua e continuará sendo uma incógnita, por mais que queiramos decifrá-la.
Às vezes me pergunto por que Deus me colocou em um país maravilhoso, em uma família unida, em um local onde existem alimentos e riquezas em abundância, apesar das desigualdades sociais. Por outro lado, por que colocou parte de seus filhos morando em lugares como alguns países da África, onde reinam a miséria, a guerra e a fome. Por que nascem crianças perfeitas e outras aleijadas e sofredoras? Eis aí um grande mistério da vida.
Neale Donald Walsch, em seu livro (em três volumes) “Conversando com Deus”, defende o pensamento de que o Criador dá liberdade a todos de escolherem o caminho da evolução. Portanto, o nascimento e a maneira de vida de cada uma é opção de seu espírito. É uma escolha que nós mesmos fazemos através do nosso próprio espírito, para se galgar o caminho dessa evolução. Parece-me que a doutrina espírita segue esta linha de pensamento. Em um artigo, cujo autor não me recordo, compara o plano de Deus com um tabuleiro de bordado. Quem olha da parte de baixo nada entende. Quem olha de cima, no caso, a bordadeira, o desenho parece correto e bonito. Com isso, ele quer dizer que nós, que estamos em plano inferior, nada entendemos do plano de Deus, que para Ele é justo e correto.
Independente de qualquer teoria, vãs serão nossas tentativas de entender este mistério da vida. O importante é que cabe a nós, seja qual a situação em que nos encontrarmos, dirigirmos todos os esforços que nos levem à perfeição e nos aproxime de Deus. O importante é hierarquizar nossos objetivos na vida e realizar a maior de todas as obras, que é o nosso próprio aperfeiçoamento. Nada será mais digno aos olhos de Deus que o nosso esforço em superar-nos, tornando cada dia melhor que o anterior.
O pensador Carlos Bernardo González Pecotche, autor da Logosofia, com seus sábios ensinamentos, diz que todo ser evolui. Uns demoram mais nesse caminho; outros o aceleram através das obras de bem que realizam nas diversas fases das suas existências. Portanto, Deus nos dotou do livre-arbítrio, que nos dá a liberdade de escolha de qual caminho a seguir. Colocou para o ser humano, ainda sob o entendimento de Pecotche, as suas leis universais, que devem ser obedecidas, para que se concretize o real aperfeiçoamento. Somente através do conhecimento, de nossa conduta, de nosso trabalho voltado para o bem é que vamos nos aproximar de Deus.
