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Algumas considerações sobre o suicídio

9 de julho de 2018

A mídia acaba de divulgar estatística da Organização Mundial da Saúde sobre o número de suicídios ocorridos no mundo e também no Brasil. Os índices são alarmantes e estão aumentando dia a dia. Quase que a totalidade se refere a jovens que ceifam suas vidas prematuramente. Há de se perguntar: Quais seriam as causas que influem no ânimo do jovem para que tomem atitudes tão drásticas?

Quero deixar bem claro que não sou psiquiatra nem líder religioso, e essas palavras são mero fruto de minhas reflexões e minhas leituras. Ainda se procuram as causas do suicídio entre jovens, mas existe o pensamento de que as maiores causas que os levam ao autoextermínio é que vários  ainda não se identificaram com a vida. Talvez um excesso de proteção paterna não lhes deu a condição necessária para resolver até mesmo os pequenos problemas. A passagem da infância, onde tudo lhe é colocado às  mãos, para a adolescência, onde continua o protecionismo, há um choque quando se depara com a realidade da vida.

 Mas, o mais comum que leva o suicida a cometer tal desatino é o ressentimento. Ele pensa na dor imensa que sentirão seus parentes e amigos, e que será recordado eternamente por todos, com lágrimas e arrependimento. E há também o excesso de vaidade. Não pensa que sua morte nada significará para o mundo e que depois de pranto e sofrimento, tudo voltará ao normal e que a vida continua para todos.

O interessante que muitas das vezes essas pessoas convivem diuturnamente conosco e não nos passa pela cabeça que, internamente, vivem, sob a ótica deles, uma infelicidade. Sempre nos perguntamos como pode um ser que, aparentemente,  achamos que tudo possuem, terminam tragicamente com a vida. 

Penso que isso não passa pela cabeça de nenhum pai. Tal qual um acidente de trânsito, por exemplo. Achamos que nunca acontecerá conosco. Mas nossa responsabilidade como pais reside no fato de que, já foi dito insistentemente, devemos acompanhar cada momento de nossos filhos. Procurar uma maneira equilibrada de educá-los, preparando-os para a vida. Ainda procurar aproximar-se deles a fim de internar-se no seu mundo. Pelo menos não sentiremos nenhum remorso com o que venha porventura  a acontecer. O amor não deixa de ser uma grande ferramenta.

Recordo de uma reflexão do humanista Carlos Bernardo Gonzalez Pecotche, criador da Logosofia: “Quem  é o ser humano para desprezar a existência que Deus lhe concedeu? Se cada potencial suicida pensasse nisso, mais de uma mão se deteria, e o coração se encheria dos sobressaltos do espanto.”