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O Comodismo

26 de outubro de 2016

Quando minha filha começou a estudar na faculdade, um determinado professor pediu aos alunos que fizessem um trabalho sobre um tema fornecido. Ela, muito dedicada, estudou, esforçou-se e apresentou o trabalho, dentro do prazo e dentro das normas estabelecidas. O tal professor então disse à turma de alunos que não iria ler nenhum trabalho, mas que daria nota 7 para que todos fossem aprovados na matéria, mesmo àqueles não o tinham feito. Ela, minha filha, então não se contentou e disse ao professor que gostaria que seu trabalho fosse avaliado, fruto de sua dedicação e esforço.

O fato foi muito importante para a formação da sua individualidade. Constatei que tais coisas acontecem em todas as circunstâncias da vida, deixando as pessoas mergulhadas no  comodismo. Ficam satisfeitas com o “mais ou menos”. No âmbito escolar, contentam-se em simplesmente passar para o próximo período, esquecendo que, além de aprenderem a matéria  necessária para sua formação profissional, há de se pensar também no aspecto moral de seu caráter.

É muito grave esse traço negativo das pessoas. Conheço inúmeros casos em que pessoas permanecem anos e anos no mesmo tipo de trabalho, sem procurarem se aperfeiçoar, estudar para almejar uma melhor posição na vida. A rotina ocupa espaço principal no seu cotidiano, esquecendo que existem inúmeras possibilidades de progresso. Há que se criarem estímulos e munir-se de força de vontade para atingir objetivos mais importantes. Há de se pensar, todos os dias, em renovação. Escolhendo o comodismo, a vida passará sem que nada tenha sido realizado, nada ficará como herança para a próxima fase da existência.

É importante abolir o “mais ou menos” e trocá-lo pelo “muito bom”. O comodismo é uma doença grave e contra ela só existe um remédio eficaz: a decisão.