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Propensão a crer

15 de abril de 2016

Nos tempos modernos têm aparecido ideologias de diversas índoles, sejam de caráter politico e religioso, principalmente. No Brasil, estas ideologias têm alcançado um campo fértil, e hoje, o país está atravessando uma enorme crise política. A classe política está em situação de descrédito junto à população. Estes que foram eleitos representantes do povo usam da palavra para transmitirem  idéias e posições que tentam levar às pessoas ao engano. A finalidade é o poder. Algumas posições são claramente absurdas para as mentes sãs, mais existem seres que facilmente se deixam enganar, acreditando em tudo que se fala. Eles são portadores de uma deficiência de caráter, uma propensão a crer. 

Carlos Bernardo González Pecotche, humanista e fundador da LOGOSOFIA, trata deste assunto em seus livro Deficiências e Propensões do Ser Humano. Nesta obra, o pensador analisa as deficiências caracterológicas da mente humana, fornecendo as maneiras como devem ser tratadas. No caso específico, ele relata que esta propensão, quando se manifesta, afeta as faculdades da inteligência, produzindo um adormecimento temporário da mente. Ela é própria do ser que não pensa, do que não quer pensar por hábito ou por comodidade, o qual, antes de se decidir a investigar por si mesmo as questões que lhe preocupam ou interessam, se atém ao juízo ou opinião alheios. 

Daí se tornam presas fáceis dos aproveitadores, que lançam suas sementes em campos férteis. Isto causa um prejuízo enorme para o ser, que pode levá-lo ao fanatismo, impedindo-o de se tornar um livre pensador, com condições de cultivar um raciocínio amplo para formar um juízo consciente das coisas. Prejuízo também para o livre arbítrio, já que o ser se torna um joguete dos pensamentos alheios. O grande segredo para vencer esta fraqueza do caráter é trocar a crença pelo saber. O saber é que livrará o homem dos riscos a que se expõe com esta propensão mental. O saber se adquire pelo conhecimento, através do estudo e da experiência. 

O primeiro passo para isto é a firme decisão de conseguir o objetivo, afastando primeiramente o comodismo, grande inimigo do ser humano. Tornemo-nos, pois, livres pensadores.