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O afeto

4 de maio de 2016

Muitas vezes me sinto incomodado com a falta de afeto de algumas pessoas no trato com o semelhante. Não que eu seja um ser perfeito, mas pelo menos reconheço minhas deficiências e procuro melhorar meu modo de ser. 

Mas, o que tenho notado é que esse sentimento chamado de afeto tem sido um artigo pouco encontrado. Não é raro se verificar episódios  de rispidez  de algumas pessoas ao se relacionarem. Comum é se verificar esse tipo de tratamento de seres que se julgam superiores, quer pela sua condição social, econômica, intelectual e, por incrível que pareça, religiosa. 

Pessoas tratam mal o semelhante e às vezes até o humilham. A falta de respeito é a tônica. E não é difícil presenciar tais fatos, mormente em restaurantes e em outros estabelecimentos comerciais. Esquecem que todos somos origem da mesma Criação. Mas nem todas as pessoas têm as mesmas oportunidades. Nem todos conseguem fazer as escolhas certas. Nem todos nascem em famílias ou lugares que possam proporcionar melhores condições de vida. Mas, comparo isto a uma orquestra: os músicos tocam a mesma música com instrumentos diferentes. Mas se um instrumento desafina, o conjunto fica prejudicado, ou seja, um depende do outro. Assim são as profissões. 

Desde nosso nascimento até a nossa morte, dependemos de profissionais de diversas áreas. Ao nascer, somos assistidos por médicos e enfermeiras. Durante nossa vida, temos contatos com diversos profissionais, de todas as categorias. Ninguém consegue ser autossuficiente. E em nossa morte, dependemos dos caixões e dos coveiros, não é mesmo? Portanto, todas as pessoas exercem suas atividades em todos os níveis. Todas são importantes. Todas merecem o respeito devido. 

O tratar mal nosso semelhante indica uma terrível deficiência que deve ser combatida. O cultivo do afeto é de imprescindível valor para nossa evolução. A ciência logosófica considera o afeto como uma força e esta força é que fixa o amor. A Logosofia, ciência criada por Carlos Bernardo González Pecotche, é conhecida como “ a ciência do afeto”, dada a sua importância para a vida. 

Cultivemos pois desta ciência: sejamos mais afetuosos com nosso semelhante.