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Alimentação:dilemas

15 de fevereiro de 2016

A cada dia que passa ficamos desorientados quanto ao que comemos ou bebemos. Há algum tempo, era condenável ingerir ovos pois poderia aumentar perigosamente o colesterol. Hoje já se diz que não há nenhum problema em ingerir de quatro a cinco por semana. Aquele costume antigo, de se armazenar carne de porco em gordura, que, aliás, ficava uma delícia, foi duramente criticado, pois colocava em risco a saúde das pessoas. Hoje já se diz que esta carne suína é mais saudável que a bovina.  E o coco? Existia uma empresa que fabricava  a gordura de coco. A condenação da gordura de coco foi tão grande que a empresa parou de fabricá-la. Hoje, o coco (água, óleo e gordura) é considerado o terceiro melhor alimento, só perdendo para o leite materno e o ovo. E assim, quantas coisas mudaram em nossa alimentação. Até o vinho, que até pouco tempo era um santo remédio para a saúde do coração, hoje já é contestado, na afirmação de que o álcool nele contido é mais prejudicial do que os benefícios da uva. E assim poderíamos citar uma série de situações em que ficamos totalmente desnorteados. E o açúcar? O refinado é um veneno; o cristal é péssimo para a saúde, então vamos para os adoçantes. Mas o ciclamato de sódio e a sacarina sódica  provocam câncer; o aspartame é prejudicial ao cérebro e pode até matar. 

Estas são as mensagens que a toda hora nos atingem. O que usar então? Até aí, tudo bem. Mas surgem as perguntas: Até que ponto isto é realmente fruto de pesquisas? Não seria um golpe publicitário para aumentar o consumo de determinado produto, aumentando assim os lucros que, na maioria das vezes, é o que realmente interessa aos empresários? Eis a grande questão.

 O que deveria haver é uma maior participação do poder público na questão alimentícia. Inúmeros são os produtos que são colocados à venda, mormente os já embalados, cujos rótulos não condizem com o conteúdo. Excesso de sódio usado para conservar melhor, produtos dietéticos que contêm açúcar etc. Não se pode realmente em nada confiar. O consumidor  fica totalmente desorientado.

Basta dar uma olhada nas bancas de jornais, nestas revistas semanais de grande circulação . Todas as semanas surgem novas dietas para perda de peso, novas dicas de alimentação saudável, novos medicamentos para emagrecimento escondidos sob a rotulagem de “complemento alimentar”. Até que ponto estas receitas milagrosas têm base científica? Até onde a população pode confiar nestas “maravilhosas” dicas para a saúde e/ou redução de peso?  

A conclusão é que o cidadão está perdido com a avalanche de informações, sentindo-se totalmente órfão, sem nenhuma proteção dos órgãos públicos sanitários. O investimento na área de controle e fiscalização alimentícia é, além de interesse da população, o é também de interesse da administração pública. Uma alimentação saudável significa menos doentes, e, por sua vez, menos despesas hospitalares. Este é, pois, um anseio importante da comunidade. A conclusão é que se deve priorizar os alimentos naturais, de preferência orgânicos. Vale a máxima: MENTE SÃ EM CORPO SÃO.