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O Temor

10 de julho de 2017

Em recente viagem, onde compartilhavam várias pessoas, uma senhora disse que, ao chegar às 19 horas, ela se trancava em seu apartamento e de lá não saía por nada. Estive a pensar como as pessoas vivem aprisionadas causadas pelo temor. E esse temor se estende por outros campos: o temor de um relacionamento, o temor de fracassar em um novo empreendimento, o temor de não ser aceito em determinado ambiente, etc.

O temor deprime as pessoas. Ele aflige, entristece, amargura,  tortura, faz o ser infeliz. Não que se deixem de tomar os cuidados necessários para a segurança física. Não que se deixem de precaver contra os riscos dos empreendimentos. Mas não se pode levar tudo a ferro e a fogo. Mas há de se precaver contra o excesso de notícias diárias, que relatam um mundo cheio de perigos. Há, sem sombra de dúvida, uma ênfase maior, por parte da mídia, aos assuntos negativos. E eis aí o grande perigo, pois muitos seres são sugestionados por esse negativismo. O pensamento tem uma força incrível sobre todos nós, mas não podemos deixar que eles nos dominem.

A esse respeito, escreveu o grande humanista Carlos Bernardo González Pecotche: 

“Afaste de você, para sempre, o temor, por ser sinal negativo da existência humana. Comprove você mesmo, cada dia, se em seus pensamentos, em suas palavras e em seus atos há maior valentia do que na véspera.  Você compreenderá então que ser valente é dar mostras de segurança pessoal. Daí, justamente, dessa segurança pessoal, surgirá o verdadeiro valor. Esse será a melhor garantia da fé que irá depositando em você mesmo, fé que necessita sempre do valor enquanto aumenta; a única válida, porque faz o homem consciente de seus deveres para consigo mesmo, para com seus semelhantes e, essencialmente, para com Deus, seu Criador.”

Penso que não há muito o que acrescentar nas palavras acima. É só esforçar muito para colocá-las em prática.