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A força das crenças

22 de agosto de 2017

Logo quando eu me casei, na primeira compra de mercado, ao colocar um pouco de sal no saleiro, derramei um pouco do produto. Imediatamente fiquei preocupado, já que minha querida avó me dizia, quando criança, que, quando uma pessoa derramava sal, teria 7 anos de azar. Resolvi então pesquisar e verifiquei que tal crença originava-se dos tempos de escravidão. Como o sal era, na época, produto importado e caro, os donos de fazenda diziam às cozinheiras escravas que tivessem cuidado com seu manuseio. Colocavam na mente dessas pessoas a tal crença a  respeito dos anos de azar já mencionados. 

Fiquei a pensar como essa crença criou força durante anos a ponto de me colocar com alguma preocupação a respeito. Outras crenças foram originárias da época da escravidão, como aquela que dizia que manga com leite matava quem os ingerisse juntos. Era justamente para reduzir o consumo de leite pelos escravos. Até os dias atuais se ouve falar disso.

O que quero enfatizar é sobre o poder das crenças sobre a pessoas. As vítimas são aqueles seres propensos a crer. A crença de que vai ganhar na loteria; a crença de tal ou qual dieta vai fazer o milagre do emagrecimento rápido e eficiente; a crença em maneiras fáceis de ganhar dinheiro; a crença de que são pessoas melhores que seus semelhantes, etc. 

As religiões, no caminhar dos tempos, vêm incutindo nas mentes várias crenças, a fim de exercer o poder de dominá-las. Incute-se a idéia de um Deus punidor e vingativo. Procura-se fazer com que as pessoas acreditem na possibilidade de entrar no paraíso mediante quantia paga em dinheiro. Implanta-se a crença de que a salvação será garantida com algumas palavras e\ou com celebração de alguns rituais. E isso vem disseminando por centenas de anos. É só acompanhar a história da humanidade para se verificar o que estou a dizer. Ressalta-se que, a propósito, a redenção somente será alcançada mediante uma conduta certa e pela feitura do bem.

Uma conduta eficaz é exercer a capacidade de pensar. Deixar de lado o comodismo e verificar se realmente aquilo que se procura inculcar nas nossas mentes é realidade e simplesmente crenças. As crenças atrasam a vida. Aprisionam as pessoas. Criam obstáculos ao desenvolvimento pessoas. É hora de se libertar dessas amarras. Armemo-nos contra essa poderosa força.