Ganância
24 de fevereiro de 2016
Estamos tomando conhecimento pela mídia das denúncias sobre a corrupção no Brasil. Nunca se viu nada igual. E não é pouca coisa: são milhões e milhões de reais subtraídos das contas públicas. Dinheiro que o povo contribuiu para a satisfação das suas necessidades e que não houve retorno.
Mas o que move as pessoas a se envolverem nesse tipo de crime? São, na sua grande maioria, aqueles que realmente não têm necessidade de mais dinheiro. São políticos e empresários que são bem remunerados, tem suas mordomias inerentes aos cargos, mas não ficam satisfeitos. Pensam que nunca serão descobertos e que ficarão impunes, pelo menos pela lei dos homens. Pelas leis divinas, nem lhes passa pela cabeça. E também não pensam nas consequências que poderão ser levadas para familiares, amigos e comunidades a que pertencem.
Essa deficiência de caráter é a GANÂNCIA. Nunca se sentem satisfeitos com o que têm. Querem cada vez mais e mais. Mais dinheiro, mais poder. E é como uma bola de neve que corre da montanha: crescente e incontrolável.
Como a coluna é sobre mente sã, há de se perguntar se todos nós estamos sujeitos a esse vírus ganância. A busca pelo sucesso pessoal deve ser uma constante. A procura pela realização profissional é totalmente saudável, pois traz a tranquilidade para realizar outros objetivos. A inércia e o comodismo são inimigos do ser humano. Mas o sucesso não pode ser a todo custo. Deve ter seus limites, respeitando as leis, a ética e a moral. Aliás, tudo na vida deve ter seus limites.
O equilíbrio deve sempre ser mantido, pois existe uma linha muito tênue que separa as coisas: o amor do ódio, a legalidade da ilegalidade, a alegria da tristeza etc. Portanto, devemos ficar sempre atentos ao nosso interior, de maneira a não ultrapassar os limites. Não deixar que a ganância tome conta de nossas vidas, pois as consequências virão de qualquer maneira. Rápida ou remotamente, mas virão. É a lei universal de causa e efeito.