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A felicidade

14 de julho de 2015

O conceito de felicidade muitas vezes é mal compreendido e vem se modificando ao longo dos anos. As histórias infantis ainda terminam assim: “casaram-se o foram felizes para sempre”, como se o casamento fosse  o grau máximo de felicidade. Isto era e, em muitas famílias, ainda é o desejado pelos pais com relação principalmente ás filhas. Lembro-me ainda que o desejo de muitos pais era que suas filhas “formassem para professoras” e depois casassem. Quanto a isto, nem precisa se comentar. 

Hoje em dia, o conceito de felicidade  está mais ligado ao ter do que ao ser. Mais este ter nunca se satisfaz, porque ao se conseguir algo material, este perde valor surgindo outros objetos de desejo. Às vezes ouvimos pessoas dizerem, por exemplo, que serão muito felizes quando adquirirem um carro. Quando isto conseguem, surge outro desejo: ter um carro mais caro  ainda, ou ter uma casa, etc. E assim continuam a desejar mais e mais. O ter não tem fim.

A felicidade não é isto. Não existe essa tal felicidade completa. Todas as pessoas, de qualquer raça, de qualquer condição econômico-social, têm seus problemas. As adversidades atingem a todos, indistintamente. Uma desavença familiar, uma doença, um filho desajustado, uma perda de emprego, uma separação conjugal e assim por diante. A felicidade, entretanto, é feita de momentos. 

Pecotche, humanista criador da Logosofia, diz em uma de suas obras, que “a felicidade é algo que a vida nos outorga através de pequenas porções de bem”. É a pura verdade. A felicidade é feita de bons momentos que, isso sim, todos nós temos no decurso de nossas vidas. Podem ser duradouros ou fugazes, brandos ou intensos. Mas existem. É a alegria de ver um filho nascer,  vê-lo formar, constituir família. É o sagrado momento de ver  os familiares reunidos. É o rever um amigo querido. É o ouvir alguém dizer “eu te amo”. É a alegria de ver seu time derrotar o maior rival ou ser campeão. É o admirar a Natureza. É o gargalhar de uma criança. É a alegria de fazer um bem.  

São tantos os momentos que enchem nossos corações, e esse conjunto é que forma a felicidade. Por estes momentos é que devemos dar-lhes o devido valor, mantê-los vivos na memória e cultivar um sentimento de imponderável magnitude, que é a gratidão. Gratidão primeiramente a Deus; depois às pessoas e aos fatos que nos proporcionaram estes momentos. Isto sim, é que é a verdadeira felicidade.