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Reação ao hábito

7 de outubro de 2016

Dizem que somente as pessoas mais velhas reagem, até o último instante, às modernidades que surgem dia-a-dia. Eu sou um exemplo disto pois levo algum tempo para aceitar às novas tecnologias, ou seja, um celular novo, um computador mais avançado, etc. Demorei a aceitar participar de algumas reuniões da Fundação Logosófica através da internet, o que foi possível verificar depois a sua eficácia. 

Mas este é um fato que acomete muitas pessoas. É parte da psicologia humana reagir contra toda inovação que porventura requeira algum esforço, ou julga desnecessária ou que pensa que está além de suas forças ou possibilidades. A maioria tende a esperar que outras pessoas experimentem as novidades para então, diante dos resultados, aceitar ou não. Apesar disso, existe a tendência em não se separar do velho. Acumulam-se coisas velhas, apesar de adotar coisas modernas, como se doesse muito esta separação. 

A experimentação do novo deve ser amplamente exercida, pois somente através dela é que poderá ser verificada a sua eficácia, a sua utilidade e as suas vantagens. Também é tendência comum o conservar velhos hábitos, as mesmas rotinas. Há que trocá-los por novos comportamentos. Esse abandono dos antigos hábitos deve abranger também os conceitos. A LOGOSOFIA, ciência criada pelo humanista Carlos Bernardo González Pecotche, diz que “…na medida em que o homem avance na conquista do saber, os conceitos são suscetíveis de evoluir. 

Negá-lo seria negar a própria evolução, que é sinal de superação e aperfeiçoamento…”  Não é possível que uma pessoa continue a cultivar conceitos de quando era criança, por exemplo. O conceito de Deus é um clássico exemplo. Com o conhecimento, o adulto não aceita mais o conceito de um Ser velho, barbudo, pronto a nos castigar diante de qualquer deslize. Nossos pais, dentro daquilo que julgavam correto e bom para nós, estavam sempre a dizer ( e ainda fazem alguns pais de hoje): “Não faça isso que Papai do Céu vai lhe castigar.” Não se admite que uma pessoa adulta continue com esse mesmo conceito imposto na infância.  Outros conceitos também devem ser cambiados. 

Caridade, religião, bondade, gratidão, felicidade, respeito, por exemplo, são alguns conceitos que devem ser pensados e evoluídos. A troca do velho pelo novo é necessária para a evolução do ser. Conservar um hábito é permanecer estagnado, e isto não é vida, pois vida é energia, é atividade. Quando vou a Minas e passo por locais onde vivi minha juventude, vejo várias pessoas que continuam com os mesmos hábitos, fazendo sempre a mesma coisa. Os anos passam e elas permanecem do mesmo jeito. Em nada avançaram. O conceito de vida continua o mesmo. 

Os velhos conceitos já não conseguem satisfazer as necessidades humanas. Há urgente necessidade de renová-los. Vamos mudar, vamos evoluir.