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A impulsividade

21 de julho de 2015

Uma das grandes inimigas da convivência humana é, sem sombra de dúvida, a impulsividade. Esta pode interferir desde pequenas questões domésticas até em tragédias irreparáveis. A questão mais comum se dá quando usamos nossas palavras de maneira impulsiva, numa reação imediata a qualquer fato. Nestes momentos, falamos de algo guardado dentro de nós que, até aquela hora, havíamos preservado. Quantas vezes, por exemplo, nas rusgas familiares, reagimos contra nosso cônjuge, falando aquilo que depois irá se transformar em arrependimento. Poderá ocorrer, inclusive, conforme a gravidade, em separação do casal. Já se disse muitas vezes que as palavras são como flechas: uma vez lançadas, não poderão ser chamadas de volta. Parece-me que as mulheres guardam mais na memória essas situações. Às vezes, passados anos, em outra discussão elas dizem: você se lembra quando você disse aquilo? As reações assumem maior gravidade quando elas não se resumem em palavras, mais em ações – um tapa, um empurrão etc. Aí a coisa torna-se muito mais grave.

Em várias situações em nossa vida, a impulsividade pode causar danos. Situações comuns se verificam no trânsito. É comum xingarmos outro motorista por uma manobra irresponsável ou perigosa. Às vezes somente por ele nos ter ultrapassado, como se estivéssemos na disputa de alguma prova automobilística. Conheço casos em que, de uma pequena discussão no trânsito, ocorreu morte de um dos contendores. Muitas das vezes, é preferível que se tolere a atitude alheia porque não sabemos que tipo de reação o outro motorista poderá ter. Isto não nos fará um ser inferior ou covarde. Idêntica situação ocorre no futebol: agressões de torcedores geradas por palavras de provocação, que  podem provocar até mesmo mortes.

Penso que o controle das nossas reações e da impulsividade é uma conquista de grande importância em nossas vidas. O que acontece comumente é que se age primeiro para depois pensar, quando o recomendado é pensar primeiro para depois agir. O homem deverá se empenhar na conquista desse ideal. A serenidade não significa fraqueza, e sim fortaleza. Esta serenidade de espírito deve sempre estar presente em nossa vida. Quem somos nós para julgar o comportamento do próximo? Temos competência e conhecimento daquilo que gerou o comportamento alheio? 

O homem deve se empenhar em se tornar um ser reflexivo. Dar aquela “paradinha” antes de tomar qualquer decisão. Isto, sem dúvida, irá melhorar sua  vida e evitar desgraças.