Senso de colocação
30 de novembro de 2015
Uma das grandes oportunidades que temos na vida e saber nos colocar no meio de nossos semelhantes. Cada pessoa é diferente de outra. Cada um tem suas virtudes e seus defeitos. Devemos, pois, respeitar o modo de ser de cada um. Muitas das vezes achamos que o semelhante deve ser do jeito que queremos que ele seja. Pura ilusão. Nossos filhos não são diferentes, mesmo acreditando que criamo-los de maneira igual?! Mas cada ser humano tem o seu processo e é dotado do livre-arbítrio dado por Deus. Portanto, devemos respeitar o modo de ser de nosso semelhante, procurando nos colocarmos de maneira adequada no meio em que vivemos.
Carlos Bernardo González Pecotche, autor da ciência logosófica, diz textualmente em uma de suas conferências: “Devemos chegar a que o semelhante não possa de nenhuma maneira molestar-nos nem desgostar-nos por mais mal que se porte, e se temos uma reação contra ele, que seja fugaz, instantânea. Nunca manchemos nossa mente por uma reação de baixa paixão; deve ser sempre pura, enérgica, porém nunca levada por um pensamento de má intenção.”
É bem verdade que a convivência entre pessoas chega a ser uma arte. Mas devemos procurar exercê-la da maneira mais consciente possível e sempre respeitar aqueles com os quais convivemos, pois somos todos filhos da mesma Criação. Todos têm suas limitações e nem todos tiveram as mesmas oportunidades na vida. E a paciência e a tolerância são ingredientes indispensáveis na arte da convivência.
Peço licença para citar outro ensinamento do mestre Pecotche: “ E quão formoso é quando um ser inspira simpatia!, é agradável a todos, que cuida de não desgostar, de não molestar, de não violentar a ninguém, e que se alguma vez o faz por um descuido, se esmere de imediato em corrigi-lo, em fazê-lo desaparecer.” Não custa nada ser gentil com as pessoas. A gentileza costuma abrir muitas portas.
Desenvolver o nosso senso de colocação é um passo para que possamos treinar nossas mente, começando assim a edificar um novo conceito de vida.
