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A busca do equilíbrio

17 de agosto de 2015

A busca do equilíbrio é uma das questões mais importantes da existência. Tudo o que existe deve estar em equilíbrio, senão não haverá harmonia. Na natureza, qualquer alteração no sistema tem seu preço a pagar. No nosso próprio corpo, quando ingerimos qualquer substância diferente, o álcool, por exemplo, nosso organismo irá se ressentir e entrará em desequilíbrio, com as conseqüências que todos nós conhecemos.

Segundo a Logosofia, somos constituídos pelos sistemas mental, sensível e instintivo. Os sistemas mental e sensível, por exemplo, devem estar em constante equilíbrio em nossas ações, ou seja, a sensibilidade e a razão devem atuar de comum acordo. Cito um exemplo de um dos episódios de minha vida. Conheci certa vez uma pessoa que se me apresentou de maneira cortês e simpática (sensível). Convidou-me para um almoço em sua residência com seus familiares, no intuito de estreitarmos amizade. Informaram-me, logo em seguida, que tal indivíduo estava na mira da polícia porque era considerado traficante de drogas. Vi então que não seria recomendável aquela amizade (razão). É o caso também quando uma pessoa encontra outra para relacionamento (namoro, casamento). Se procurar somente uma pessoa sem defeitos e com interesses puramente materiais (somente razão), será difícil encontrar e, caso o consiga, o relacionamento não reunirá condições de dar certo. Por outro lado, se for considerar somente a paixão (sensibilidade), sem olhar outros fatores importantes para o futuro da união, corre-se o risco desse relacionamento ir à falência.

O equilíbrio, portanto, deve ser uma meta a buscar. Difícil, mas não impossível. E isto poderá ser conseguido através do conhecimento. Mas, como achar essa linha que separa o equilíbrio do desequilíbrio? A solução está em nós mesmos. Deve-se, por exemplo, achar o limite entre ser bom  e ser ingênuo; entre a sensibilidade e a paixão; entre a razão e a obsessão  etc. A ingenuidade leva o indivíduo a ser vítima fácil de abuso dos aproveitadores; a paixão leva o ser a cometer desatinos e a obsessão leva à loucura. 

Vários exemplos existem no nosso cotidiano que nos leva a situações que devemos escolher entre a harmonia e a desarmonia.

Eis pois o grande desafio: procurar viver em permanente equilíbrio.