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Sobre o trabalho

18 de dezembro de 2015

 Existe o costume de todos nós que considera o trabalho como um castigo. Já se começa a segunda-feira pensando no próximo final de semana. Dormir até tarde, ir à praia, beber umas cervejas, descansar etc. Fica-se de olho no próximo feriado e torcendo para que ele caia numa segunda ou numa sexta para emendar com o fim de semana.

Trabalha-se também pensando na aposentadoria: vou dormir direto, tomar todas, passear, namorar direto, não pensar em nada. No máximo, abrir um “negocinho”, mas sem estressar. Determinada religião fala muito em descanso eterno, como prêmio por uma vida de bem.

Mas, qual o porque dessa cultura?  Alguns dizem que esse conceito em relação ao trabalho  tem origem desde os primeiros momentos da criação do mundo. Segundo o Gênesis, Deus, ao expulsar Adão e Eva do Paraíso, CONDENOU-OS ao trabalho, de maneira que deviam se sustentar com o suor do próprio rosto. Ou seja: o trabalho seria uma condenação.

O certo é que essa aversão ao trabalho tornou-se comum. Vemos inúmeras pessoas que, ao se aposentarem, se desgastam física e espiritualmente, dada a inatividade. Junta-se a isto a falta de objetivos, devido à idade que julgam avançada. A falta de atividade chama a velhice, atrai a doença. Existem várias maneiras de se manter a atividade: continuar a trabalhar; não sendo possível, dedicar-se a outra atividade, como caminhada ou prática de esportes. No intelectual, dedicar-se à leitura, internet, exercitar algum dom artístico, aprender uma língua, etc., tudo visando manter a mente em atividade.

O mais importante é isto: atividade. A vida é atividade. Atividade gera energia. Na natureza tudo é atividade, apesar de em certos casos nossos  olhos não percebam. Tudo na Criação é energia.

Quanto ao descanso eterno, sem querer criticar esta ou aquela religião, custa-nos aceitar o fato de que Deus, ao criar o ser humano, sua máxima obra, o deixe depois a descansar. Como medir a quantidade de trabalho que o ser faria jus a esse descanso eterno? E porque descansar se existe tanta coisa que o espírito imortal pode fazer para sua evolução e para ajudar outras pessoas?

Cabe-nos finalmente a concluir que o trabalho não é castigo, e sim uma benção. A atividade é vital para o ser humano. O descanso é necessário após qualquer atividade, mas sem exageros e sem ser isto uma prioridade.