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Adaptação

5 de abril de 2018

Apesar desse tema já ter sido tratado, é importante que se voltem a fazer algumas reflexões sobre ele. Prende-se ao fato de que, diante de algumas adversidades que tenho observado, como a perda de entes queridos, inúmeras pessoas se entregam ao desespero, não conseguindo se adaptar a uma nova realidade. E isso não se refere somente à perda de entes queridos, mas em quase todos os campos da atividade humana. E não só as adversidades que nos obrigam a adaptar-se. Uma mudança de residência, a conquista de um novo emprego e outros fatos podem nos exigir um esforço na adaptação. Uma simples mudança de temperatura obriga nosso corpo a se adaptar na nova situação. É uma das leis da vida: ou se adapte ou morre. 

Mas, voltando ao início de nossa reflexão, algumas adversidades exigem um esforço maior de adaptação, já que exigem uma mudança radical na vida. Como já citei, a perda de um ente querido, uma separação conjugal, a perda de um emprego, um grave aborrecimento com filhos, uma enfermidade inesperada, e assim por diante. Nesses casos, a primeira reação psicológica e sentimental é o desespero, o desconsolo e um pesar profundo. Estas situações inibem muitas vezes a capacidade de reflexão, chegando algumas pessoas até a maldizerem o ente Criador. Somente o tempo é capaz de se tornar o fator que vai aliviar progressivamente a situação e, em definitivo, trazer a adaptação. Esse tempo trará a oportunidade de se refletir sobre o fato de que se deve continuar no sofrimento ou voltar à normalidade. Mas o importante é não prejudicar as energias internas, afetando-as com depressões e sofrimentos.

Em toda essa situação, o conhecimento tem um papel preponderante. Quanto maior este, maior o poder de adaptação. Todo fato tem uma causa que o motivou: uma doença não surge do nada; uma separação conjugal não acontece de repente; a morte é conseqüência de alguma coisa, mesmo que possa ser para nós inexplicável; um caminho errado trilhado por nossos filhos não surgiu da noite para o dia. Para toda causa surge um efeito.

Para finalizar, reproduzo um ensinamento de Carlos Bernardo Gonzalez Pecotche, autor da Logosofia:

“ Adaptar-se é, pois, preparar dentro de si as condições adequadas para que o equilíbrio normal da vida perdure sem modificação, ainda quando se modifique a vida quantas vezes haja necessidade ou o reclamem as circunstâncias. O contrário seria entregar-se prisioneiro de um inimigo invisível porém real, que estaria continuamente golpeando nisso ânimo.”