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O poder da adaptação

7 de agosto de 2015

Certa vez, assisti a um filme em que o personagem protagonizado por Brad Pitti, em determinado momento disse: – Ou se adapte ou morre. O filme – “O homem que mudou o jogo”- não me agradou muito, já que trata de basebol, um esporte norte-americano do qual nada entendo nem me sinto atraído. Mas a tal frase me chamou atenção pela verdade que ela encerra. 

A parte física do ser humano se adapta automaticamente a qualquer situação. Se você mora aqui na Paraíba e se muda para outro lugar de temperatura muito fria, logo seu corpo se adapta normalmente às novas condições, em que pese você achar a nova situação desconfortável. O mesmo não acontece na parte espiritual. Qualquer mudança em sua vida vai gerar a necessidade de adotar mecanismos para a adaptação. Se seu poder de adaptação for grande, menos sofrimento terá. Isso se verifica principalmente nos momentos difíceis da vida. 

No caso de  perda de um ente querido, por exemplo, você terá que se adaptar à nova situação e não ficar eternamente se lamentando. O mesmo acontece no caso de uma separação conjugal, ou a perda de um emprego,  ou uma mudança de residência etc.. A adaptação se faz necessária, ao invés de se prolongar o sofrimento, à espera de que um milagre aconteça para resolver o problema. 

Evidentemente que a nova situação vai ser difícil de ser encarada, mas que não dure mais que o suficiente. O tempo, nestes casos, e conforme se deve ter notado, é o ingrediente que trará a adaptação à nova fase da vida. Outro ingrediente de suma importância é o conhecimento. Ciente de que todos nós estamos sujeitos às adversidades que a vida nos oferece, poderemos aumentar nosso poder de adaptação. Existem situações em que podemos estar mais ou menos preparados. As doenças não atacam somente as outras pessoas; os acidentes não acontecem somente com nossos vizinhos; as separações não ocorrem da noite para o dia.

Como não se preparar para a morte de uma pessoa, já idosa e doente?! Há que se ter o consolo de que a morte é consequência a que todos nós estamos sujeitos. Diferentes são as situações inesperadas de perda de pessoas queridas. A dor nos apresenta intensa, e alguns seres, nestas horas, chegam até a questionar o próprio Deus. Mas, após os momentos de intenso sofrimento, há de se erguer a cabeça e continuar a viver. Necessário se faz adaptar-se para que se torne a carga mais leve. É a lei inexorável da vida: ou se adapte ou morre.