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Amizade

14 de janeiro de 2016

É comum se ouvir de várias pessoas as experiências negativas com as amizades. As decepções são constantes na vida de todos nós. Frases como “ nós éramos tão amigos e ele fez isto comigo”; “ eu não merecia ser traído”, são comuns nos dias de hoje.

Acontece que amizade é um artigo bem difícil nos tempos modernos. As disputas e a inveja são coisas que impedem que duas pessoas se irmanam nos sentimentos. Aliás, esses ingredientes não fazem parte da verdadeira amizade. O humanista Carlos Bernardo Gonzalez Pecotche, criador da Logosofia, diz textualmente: “Não se poderia conceber a amizade se ela não fosse presidida pelo ternário simpatia-confiança-respeito, indispensável para nutrir  o sentir que a constitui.”

A simpatia é a primeira  coisa  que surge, vindo depois a confiança. Esta, segundo ainda aquele autor, é de vital importância. Diz ainda que, em sendo a verdadeira amizade um sentimento presidido por Deus, ao traí-la, se comete uma ofensa ao próprio Criador. Quanto ao respeito, este sim, é considerado o termômetro. Quanto menor o respeito, menor é a amizade, e vice-versa. Outro aspecto que poderíamos e deveríamos considerar é o fato de que a amizade é igual a uma planta que, para sobreviver, necessita cuidados. 

A amizade requer uma atenção constante e nunca se esquecer de como este sentimento surgiu. Mas, voltando ao que foi dito no início do artigo, as pessoas se esquecem de tudo isto quando da disputa de algum cargo, alguma posição. Usam até de instrumentos condenáveis para passar à frente do amigo. O que dizer da inveja, então? Quanta falsidade de sentimento quando uma pessoa, dita amiga, conquista uma vitória. O verdadeiro amigo não compartilharia também a alegria desta vitória? Quantas outras vezes também ouço pessoas reclamarem que, quando estavam em posição financeira confortável, os amigos eram muitos. 

Ao chegarem dificuldades neste campo, esses amigos desapareceram como por encanto. Poderiam estas pessoas serem  chamadas realmente de amigos? Infelizmente, como disse anteriormente, amigo nos dias atuais é coisa rara. Você poderia agora, em sã consciência, enumerar seus verdadeiros amigos? Aqueles que riem contigo, mas que também estão ao seu lado nas  amargas horas da vida? Aqueles que vibram com suas conquistas? Aqueles que lhe dão o braço nas adversidades? Se conseguirem enumerar estes amigos, parabéns, e que os conserve.

Um fato que muito me marcou foi quando um colega de trabalho, ao sofrer uma decepção com uma pessoa considerada amiga, me disse: “Se você gosta muito de uma pessoa, isso necessariamente não significa que aquele pessoa goste de você na mesma quantidade. Pode ser que ela seja importante para você, mas não quer dizer que você tenha a mesma importância para ela”. E isto é uma coisa que jamais devemos esquecer. Cuidados principalmente nas escolhas e não permitir jamais que o coração se sobreponha à razão.