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Smartphone: a primeira tela da educação

21 de fevereiro de 2017

A aplicação das Tecnologias da Informação e Comunicação à educação, impulsionadas pela comunicação móvel – especialmente pelos smartphones e pelo streaming de conteúdo – vêm transformando a forma de se qualificar para o mercado de trabalho. Em uma economia que depende cada vez mais do capital intangível, da capacidade criativa e do conhecimento para driblar seus momentos de crise, buscar estas novas formas de aprendizado nunca foi tão essencial.

No início dos anos 2000 começamos a acompanhar os primeiros passos da era do conhecimento, do aprendizado móvel, do marketing de relacionamento, da volatilidade de informações e da segmentação do público. No mesmo período, quando os smartphones ainda eram considerados artigos de luxo para grande parte da população e o Iphone ainda nem havia sido lançado (o que só ocorreu em 29 de junho de 2007), a demanda do mercado de streaming no Brasil era basicamente a transmissão de palestras e cursos para o segmento corporativo. 

Naquela época, grandes empresas já apostavam na transmissão multimídia (streaming) para a formação continuada de seus colaboradores. Um dos principais motivos desta procura era a redução dos custos logísticos, pois com a transmissão (ao vivo ou gravada), reduziam-se os gastos com passagens aéreas e hospedagem, por exemplo. Sem falar da oportunidade de nivelar o conhecimento de funcionários de diversas regiões do país por meio de uma qualificação que antes só estaria disponível em grandes centros urbanos. 

Em menos de 15 anos, este cenário se transformou. Para dar uma dimensão do tamanho dessa mudança, desde 2014, segundo dados da Millward Brown, empresa especialista em pesquisa de mercado, os smartphones assumiram o posto de primeira tela na vida das pessoas. Além disso, também desbancaram os computadores, sendo atualmente a principal forma de acesso à internet. 

Paralelamente ao aprimoramento das tecnologias móveis de comunicação, as redes de transmissão de dados ficaram mais rápidas e a diversidade dos preços e dos pacotes de dados permitem ampliar ainda mais o fenômeno da inclusão digital. Todas essas mudanças transformaram formas de viver e consumir em todo o mundo e foram essenciais para fazer do streaming de conteúdo e do smartphone poderosos instrumentos de produção e disseminação de conhecimento.

Atualmente, o streaming continua a ser um grande aliado dos ambientes corporativos, mas também está presente na vida dos mais de 100 milhões de brasileiros que acessam  a internet em terras tupiniquins, sendo que destes, 82 milhões de usuários no Brasil estão no youtube -dados do Portal Brasil e do Youtube, respectivamente. 

No que diz respeito à educação formal, segundo dados de 2015 da Associação Brasileira de Educação a Distância, são os mais de 1,3 milhões de estudantes que utilizam o ensino à distância em universidades de todo o Brasil para ter acesso a cursos de graduação ou pós graduação. 

Já para quem busca uma oportunidade de incrementar o currículo ou buscar orientação para desenvolver competências e habilidades com flexibilidade de horário e um baixo custo, sites como Coursera e Veduca reúnem cursos e conteúdos de universidades nacionais e internacionais. Também é possível “beber direto da fonte”, acessando por exemplo as e-aulas direto no site da USP ou o MIT Open Courses.

Saindo do universo do ensino formal e entrando no mundo dos cursos livres, basta uma rápida busca na internet para encontrar um vasto material de aulas e tutoriais, que vão desde o ensino de novas línguas à técnicas de meditação e carpintaria.  A plataforma de ensino norte americana Udemy, por exemplo, já atende a mais de 13 milhões de usuários no mundo todo. No Brasil, a EduK possui mais de 100 mil assinantes regulares, sem falar nos canais do Youtube, que possibilitam acesso gratuito aos mais diversos tipos de informação. E tudo isso é resultado do streaming. 

Sem dúvidas, ainda há muito o que explorar nesse caminho. Melhorias e inovações nas plataformas de transmissão, nos mecanismos de interação e na criação de conteúdo serão sempre necessárias – os youtubers que o digam, rsrsrs. Mas este é assunto para os próximos textos. Avante.