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Turismo pós pandemia: Para onde ir?

18 de junho de 2020

No último dia 13 de junho, além do dia de Santo Antônio que nasceu em Lisboa, Portugal e morreu em Pádua na Itália, foi comemorado o dia do turista a quem me dirijo nesta coluna. Wanderlust é uma palavra alemã que significa desejo de caminhar, vagar, viajar e daí o nome da minha página de viagens no instagram @wanderlustaivamosnos. Essa palavra pode parecer estranha, mas me representa. 

Neste momento que estamos em quarentena, saindo o mínimo possível, dando um motivo importante para viajar para outra cidade para as autoridades em bloqueios, quando estamos vedados de algo, parece que queremos mais por isso e quem hoje não deseja sair sem destino, nem que seja para uma praia próxima ou um sítio de amigos ou familiares? No entanto aguarde, agora não pode! #fiqueemcasa.

O momento é muito difícil para o turismo de forma geral, para a aviação, bem pior do que para as viagens terrestres, ameaças de demissões e demora de dois anos para recuperação. Um cenário nada animador para o setor, mas para quem tem um wanderlust dentro de si, viajar começa ao ler um livro, planejar destinos, salvar postagens de cidades e sonhar. 

A pandemia causada pelo covid-19 sem dúvidas adiou muitos planos, sonhos, viagens, mas não tiraram essa vontade de nós, então este momento é de adiar, se possível não cancele seu pacote, remarque. É uma opção de auxílio para toda a cadeia produtiva que hoje amarga muitos prejuízos. Em vários países do mundo já é possível sair de casa, com máscara, fazer viagens internas e a partir do dia 1 de julho será possível alguns deslocamentos internacionais na Europa e uma luz no fim do túnel começa a brilhar.

Várias empresas recomeçam suas estratégias de reabertura que coincidem com a chegada do verão europeu, época com maior fluxo de turistas, sejam internos, quanto de viagens longas. Agências, hotéis, restaurantes, empresas de transporte de passageiros terrestres, fluviais, aéreos, enfim, todo o setor começa a sonhar e trabalhar para uma recuperação, talvez mais animadora que os economistas afirmam, no entanto é preciso ter paciência que tudo vai melhorar. Este ano viveremos uma nova realidade, com muitas regras de segurança, limpeza, distanciamento social, uso de máscaras, entre outras medidas para que uma reabertura mundial não cause uma nova contaminação em massa e se perda o controle que demorou em média 100 dias para ser conquistado.

No Brasil o panorama é outro. Infelizmente não há uma previsão de datas para uma nova normalidade. Vários estados estão planejando um desconfinamento faseado como foi feito na Europa, mas é algo que vai ser testado e que pode causar mais problemas que soluções. Até que uma vacina e um tratamento eficaz seja lançado, o mundo vai funcionar bem diferente do que conhecíamos. Aguardemos que #vaificartudobem , por mais que demore mais do que sonhamos.

E quando tudo isso passar e as viagens começarem a ser possíveis, mesmo com regras e restrições fica a pergunta: para onde ir? Essa é uma questão que as nações estão se fazendo: quais iniciativas podemos tomar para a retomada da economia? 

A Itália, uma das nações que mais sofreu com a covid-19, está “vendendo” experiências a um preço menor para incentivar principalmente o turismo local, além de mostrar ao mundo que ficar em casa deixou a natureza mais bonita, menos poluição, águas mais limpas, pontos turísticos com menor fluxo de pessoas, uma viagem mais tranquila e barata.

A Grécia, destino dos sonhos, com seu mar azul e casas brancas, reduziu impostos para deixar valores de passagens áereas e do transporte marítimo entre as ilhas mais baratos. 

Portugal criou um selo Clean & Safe para empresas ligadas ao setor e foi considerada por diversas publicações internacionais como o melhor destino pós pandemia. O diferencial dos portugueses para nós é a língua, cultura e diversidade num território pequeno, além dos preços de produtos e serviços muito atrativos em comparação a outros países. O número de casos são 37.672 e de mortos 1523 também é bem inferior a por exemplo a vizinha Espanha que possui 244.683 infectados e 27.136 óbitos. 

Voltando a nossa terrinha amada, os dados não são animadores. Apesar do país caminhar para uma reabertura faseada, o medo da doença ter um crescimento mais acentuado é grande e aumentar os já numerosos  46.679 mortos e  960.640 casos. Inclusive alguns países declararam que não vão abrir suas fronteiras para turistas brasileiros, o que nos deixa apreensivos diante do futuro. 

Vamos aguardar que os governantes tenham atitudes sábias e que as pessoas respeitem as normas para que um bem não acabe sendo um mal maior para um país com dimensões continentais e de tantas belezas, cultura, experiências fantásticas e outras riquezas.

Viva ao turismo! viva ao turista! #teamwanderlust @wanderlustaivamosnos