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“O Brasil é muito grande, tem muitas possibilidades, e não é uma crise como essa que vai derrubar o País”

7 de outubro de 2015

Para quem conhece João Pessoa e sabe onde fica o Busto de Tamandaré reconhece a dualidade de se morar próximo ao local: de um lado,  a beleza e a comodidade de um dos locais mais nobres da cidade – do outro, um lugar de turismo efervescente, palco de realizações culturais e movimentos sociais, políticos e esportivos. Pois foi ali mesmo, na famosa de Praia de Tambaú, em frente ao Busto, que a JCP Construções e Incorporações resolveu construir o Solar Tambaú, empreendimento grandioso, arrojado e completamente novo na cidade no que se refere à tecnologia e requinte.  Foram R$ 100 milhões investidos no empreendimento, segundo o proprietário da JCP Construções Incorporações, o angolano João Carlos Pina. 

Ele recebeu a equipe do Paraíba Total durante a apresentação para imprensa e convidados do projeto de isolamento acústico desenvolvido exclusivamente para o edifício. Segundo ele, os materiais utilizados e a forma como foram aplicados foram pensados para proporcionar privacidade e conforto para os moradores do edifício. “O Solar Tambaú será edificado no metro quadrado mais cobiçado da capital paraibana e estará concluído em 2017”, afirmou João Carlos Pina.

Durante a conversa, ele contou um pouco sobre sua paixão pela Paraíba, pelas construções grandiosas e sobre o otimismo em relação ao mercado.

Confira os detalhes da entrevista:

O senhor é angolano. Como e quando veio para o Brasil e por que se instalou na Paraíba? 

Meus avós, tanto maternos quanto paternos, imigraram para a Angola por volta de 1905 e com isso tanto meus pais, quanto eu e meus irmãos também já nascemos lá.  Como vocês devem saber, em Portugal houve uma revolução em 1974 e em 1975 e, assim deram independência à Angola que antes era uma colônia portuguesa. Mesmo assim, com os movimentos locais, tivemos que sair de lá. O Brasil foi a melhor escolha por causa da proximidade cultural, clima parecido, e também porque já tínhamos algumas amizades por aqui.  Voltei para Portugal para estudar Engenharia.  Enquanto isso, por volta de 1970, meus país se fixaram em João Pessoa, porque na época sua atividade na Angola era produção de vinho de abacaxi. Por aqui ficar próximo de Sapé, a terra do abacaxi, favoreceria a matéria prima de produção. Na época, por meio da Sudene, tivemos alguns incentivos, mas a fábrica não durou muito. As pessoas aqui não gostavam de vinho de abacaxi (risos). E terminei meu curso de Engenharia e voltei à Paraíba em 1987. Na época, o meu irmão já tinha aqui uma pequena adega e construímos a sede da Adega do Alfredo (restaurante que funciona no bairro de Tambaú). E como engenheiro, comecei devagarzinho a construir outras coisas como a Casa Blanca, uma discoteca famosa na época e o Hotel Royal, em 1986, que hoje quem administra é o meu irmão Alfredo também. Daí terminado o hotel, eu resolvi montar com outros amigos engenheiros e brasileiros uma empresa, na qual construímos a maioria dos flats a beira mar de João Pessoa e depois também na praia da  Pipa e Natal, no Rio Grande do Norte.  

Foram construções menores até chegar ao arrojado Solar Tambaú.  

Na verdade, a minha vontade sempre foi de fazer um projeto que marcasse a minha carreira profissional, pois eu sempre ambicionei fazer um projeto grandioso. Mas, ao mesmo tempo as dificuldades financeiras eram grandes e as dificuldades de se obter recursos também. Daí surgiu a ideia de criamos uma associação, com os parceiros angolanos. Fizemos o Mussulo Resort, no Conde, que nós construímos e estamos administrando, com ajuda de uma administradora. São vinte acionistas, todos angolanos. Depois surgiu a ideia de um projeto belíssimo e extremo, uma oportunidade, numa área de praia da cidade das mais belas, em Tambaú. E tudo foi bom porque sempre quisemos fazer um projeto não só com beleza, mas atualizado tecnologicamente com preocupação ambiental. O projeto do Solar Tambaú, sem dúvidas conta com todos esses itens, e isso foi possível por causa da capacidade financeira dos parceiros. 

O projeto do Solar Tambaú teve investimentos de R$ 100 milhões. Como ele será?

O Solar Tambaú será edificado no metro quadrado mais cobiçado da capital paraibana e estará concluído em 2017. A concepção do projeto foi feita por um arquiteto muito bom, chamado Paulo Macedo. Ele que antes já estava desenvolvendo esse projeto com os espanhóis que nos repassaram, quando compramos a eles o terreno. E desde a época da compra, o projeto já estava muito bem estudando por Paulo e pelos espanhóis que também estudavam bem lá na Espanha. Eles já trouxeram muitos elementos de qualidade como a acústica, a exposição. Inserimos elementos mais luxuosos e tecnológicos, no tocante a tudo da área predial e dentro dos apartamentos.  Haverá, por exemplo, controle de acesso dos apartamentos à distância, além do acesso de funcionários, painéis solares, iluminação total em led e em clarabóias, o que vai gerar economia de energia. Além de áreas de iluminação natural, onde utilizamos conceitos interessantes para reduzir custos no dia-a-dia.A JCP Construções e Incorporações S/A vai investir fortemente em conforto e revestimento, como o aquecimento das piscinas comuns e das coberturas, exaustão automática das garagens, revestimento externo em alumínio composto, paredes duplas e vidros duplos.

Quem compra o Solar Tambaú? 

Evidente que as vendas desse porte não são fácies, até porque se tratam de preços fora do patamar que a capital paraibana está habituada. O mais barato varia de R$ 700 mil, com um quarto. As coberturas custam R$ 6 milhões.

João Pessoa tem cliente para um empreendimento luxuoso e de alto valor como esse?

Eu tenho certeza que esse nosso projeto vai ser todo comercializado. Ele está sendo apreciados aos paraibanos, às pessoas que moram em outros estados, mas que têm ligação com a Paraíba ou que tem família, ou visitaram e gostaram. No total, são 130 apartamentos.

A acústica teve um olhar especial da empresa para este empreendimento. Como foi pensado?

Nosso projetista para a acústica é sem dúvida um dos melhores de São Paulo. Nós já víamos essa problemática no Busto de Tamandaré, que também já sofre com uma degradação ambiental e falta de estrutura. Então, buscamos trazer para esse projeto o que há de mais desenvolvido em nível nacional e que sem dúvidas resolverá a problemática da acústica na área onde está sendo construído. A acústica é o coração desse projeto e foi caro, pela sua. Paredes duplas, isolamento com mantas, pisos revestidos e janelas e portas com base no melhor da tecnologia italiana, tudo isso está incluso.

O senhor é otimista com o atual momento econômico brasileiro?

O Brasil é muito grande, tem muitas possibilidades e não é uma crise como essa que vai derrubar o País. Agora é uma pena que tenha acontecido esse desastre econômico. E eu também não me espanta, porque quando cheguei aqui, em 1987, o normal era a crise. Após os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, imaginei que os próximos iriam respeitar os limites econômicos do País. Passamos tempos achando de equilíbrio, mas agora quando se levantou o véu, o que se vê é a volta da crise contínua. Mas temos sempre que acreditar que são oscilações podem ser apenas um tropeço.