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“O Conde já é referência pelas suas belezas naturais e, a partir da realização do Festival, se consolidou no circuito gastronômico”

9 de maio de 2016

A baixa temporada ganhou um atrativo interessante para não abalar tanto o faturamento dos empresários do ramo turístico da Costa do Conde, no litoral sul paraibano. O local é o segundo do Estado com o maior número de leitos – na frente de Campina Grande e perdendo para a Capital – e conta com surpreendente número de bons estabelecimentos gastronômicos.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Associação Comercial, Industrial do Conde promove o Festival Sabores e Saberes da Costa do Conde, que aconteceu de 21 de abril a 8 de maio, com a  participação de 21 restaurantes das praias de Carapibus, Jacumã, Tabatinga e Coqueirinho.“A Costa do Conde já é referência pelas suas belezas naturais, hotelaria e demais equipamentos turísticos e, a partir da realização das edições do Festival, se consolidou no circuito gastronômico”, afirmou o presidente da Associação Comercial, Industrial do Conde (Acic), André Neves, e também dono do restaurante Tulipas.

O evento, que este ano elevou não só elevou o seu nome, mais inclusive o número de participantes, também homenageou a cultura quilombola da região. Os pratos inscritos no festival foram preparados utilizando produtos cultivados na própria região e serão comercializados com descontos promocionais, com preços que variaram, em média, de R$ 25 (individual) a R$ 40 (serve duas pessoas).

Para conferir as novidades do Festival e conversar com exclusividade com o presidente da Acic, a reportagem do Paraíba Total esteve no Conde, a convite da Associação. Confira trechos da conversa com o empresário e presidente da entidade.  

Esta é a terceira edição do Festival. O que vem mudando no evento? 

O que mudou foi que novos empresários vieram para o projeto. Da primeira para essa terceira edição, houve um bom crescimento do número de participantes, chegando este ano a 21 participantes. No ano passado, tivemos 12 participantes. Eles acreditaram neste projeto que tem como objetivo maior fomentar a gastronomia na Costa do Conde, envolvendo todos os empresários locais do setor e, assim, também agregar capacitação, com cursos que irão cada vez mais fortalecer a gastronomia dessa região do Estado. Isso, ao mesmo tempo, também apresenta os restaurantes ao seu público alvo também nos tempos de baixa temporada.  

O que tem no festival?

O festival funciona dentro dos próprios restaurantes participantes e de forma simultânea. O foco é firmar a identidade do festival, agregando aos restaurantes, ou seja, trazendo o público para conhecer os espaços de cada participante. Cada um prepara um prato especial com ingredientes regionais e promove sua própria vitrine, com seus respectivos chefs. Mas nós já estamos pensamos em expandi-lo também para uma feira gastronômica na rua, mas aberta ao público. Os preços são atrativos também, em média. Os pratos variaram, em média, de R$ 25 (individual) a R$ 40 (duas pessoas). Para os restaurantes, também houve uma consultoria para montagem e criação do prato.

Além dos sabores, quais são os “saberes”, mencionados no nome do evento?

É destacado a cultura local, as belezas e diferenciais da Costa do Conde. Este ano, o festival está homenageando o coco de roda, que é da cultura quilombola, presente aqui na localidade, que conta com um quilombo. E essa valorização abordada é exatamente o saberes que vai complementar os sabores regionais. Ou seja, quem aqui vem, além de comer bem, ainda vai poder conhecer um pouco da cultura local.

Como surgiu a ideia de se criar um evento como este?

A ideia surgiu quando nos reunimos com empresários do setor e colocamos que os festivais de gastronomia existem em muitos lugares brasileiros, como também em outros países. Isso foi aceito e estamos no terceiro ano, cada vez mais fortalecidos.  Além do Governo do Estado, por meio da PBTur, temos o apoio do Sebrae-PB, desde a primeira edição do evento, além de outros parceiros da iniciativa privada  que estão apostando nesse projeto e que a cada ano só aumenta o número deles. 

Os empresários do Conde estão preparados para receber bem o turista,que está cada vez mais exigente e informado?

Na verdade, existe uma força tarefa muito grande para agregar os custos, estar sempre se aperfeiçoando, seguindo as novas regras do mercado da gastronomia. E isso fez uma corrente muito forte, e muitos estão abrindo também os seus conhecimentos e que querem aprender. E temos chefs formandos, donos de estabelecimentos, e isso tem sido importante para se incentivar uns aos outros a querer se destacar, a adquirir novos conhecimentos. Isso está sendo muito bacana. 

Qual a sua avaliação geral dessa terceira edição do evento?

A Costa do Conde já é referência pelas suas belezas naturais e hotelaria e, a partir da realização das edições do Festival, se consolidou no circuito gastronômico. O festival terminou desse domingo, dia 8, dia das Mães, e foi nosso foco foi terminar com chave de ouro. E no geral o evento foi bastante positivo. Tanto em termos de divulgação, quanto em visibilidade e conhecimentos nossos restaurantes que a cada edição estão se destacando cada vez mais em sua atuação. O que foi muito bom!