“Segundo estudos, o São João de Campina de 2016 vai impactar cerca de R$ 250 milhões no PIB”
5 de julho de 2016
Conhecido como o “Maior São João do Mundo”, o São João de Campina Grande 2016 já deixou saudades para os paraibanos e turistas de várias localidades do Brasil e até de outros países, que curtiram o festejo junino realizado entre dias 3 de junho e 3 de julho. Foram centenas de atrações e atrativos oferecidos no Parque do Povo, sede central do evento, que contou com palco principal, cidade cenográfica, barracas, bares e camarotes. Os passeios de trem e ônibus do forró, o Sítio São João e o São do Artesanato também abrilhantaram a festa, que esse ano reunião cerca de 2,5 milhões de pessoas, segundo a organização.
Para fazer um balanço do encontro, o Paraíba Total foi a Campina Grande conversar com exclusividade com o coordenador geral do Maior São João do Mundo de Campina Grande, o advogado Temí Cabral.
Com larga experiência nas áreas de turismo e eventos, Temi Cabral já foi coordenador de Turismo de Campina Grande e secretário de Turismo, Comunicação e Esportes do município, em 2002. Entre 2003 e 2006, dirigiu como presidente a Fundação Espaço Cultural.
Veja a avaliação.
Como é coordenar uma das maiores festas regionais do País?
É um verdadeiro desafio muito grande. O São João de Campina Grande hoje representa um dos principais eventos do segmento, e inclusive está pontuado pelo Ministério do Turismo como um dos quatro principais eventos turísticos do País. E isso nos dá uma responsabilidade muito grande, já que é um evento com 30 dias de festa, em que há um envolvimento de toda a cidade, de toda a classe empresarial, de vários segmentos ligados à área do turismo.
Em que esferas o evento contribui para o desenvolvimento socioeconômico não só para a cidade, mas também para o estado?
Ao meu ver, ele contribui diretamente na geração de emprego e renda de ambos. Pois, quando vemos o São João de Campina Grande, em um momento de crise, de recessão econômica em que vive o País, ou seja, numa conjuntura nacional extremamente difícil, ele aqui nos mostra sua capacidade e a sua força, onde nós tivemos esse ano o maior público diante de todas as versões anteriores do evento, o que correspondeu a um público estimado de 2,5 milhões de pessoas, enquanto nos anos anteriores chegava a casa de 2 milhões de pessoas nos trinta dias de festa, visitando o evento. E isso também pode ser comprovado, pois durante as cinco semanas de evento, estivemos como toda a rede hoteleira local lotada.
Além da rede hoteleira, o turismo também comemorou mais voos no período, como noticiamos no Paraíba Total.
Este é outro dado importante, o aumento de número de voos. No período foram 13 novos voos, um aumento de 38%, com destino à nossa cidade. E sem falar que esse evento é de extrema importância para o incremento na economia local, e ainda beneficiando outras cidades próximas do compartimento da Borborema e também da cidade de João Pessoa. Nossa capacidade hoteleira ainda é pequena, muitos turistas se hospedam por lá, que é uma ação resultante do nosso trade turístico, que tem realizado toda uma divulgação nesse sentido.
Mesmo o evento já tendo toda a sua tradição, ainda há desafios para a realização?
É um custo bastante considerável para sua realização, custo esse que uma parte é bancada com recursos da prefeitura, na parte de estrutura, e os demais recursos são advindos da participação da iniciativa privada, parcerias das grandes empresas. Então, existe sim um grande desafio de tentar reduzir ao máximo os custos ao governo municipal, e assim buscar forças junto a todos os demais que integram a classe produtiva para cada vez mais deixar grandioso e atrativo o nosso São João.
Quais os impactos esperados para o PIB local?
Outros dados importantes são que existem estudos de que para 2016, que, o São João de Campina haverá um impacto de cerca de R$ 250 milhões no PIB local. Então, dados considerados do Ministério do Turismo de a cada um milhão você uma geração direta de 75 mil empregos, nesses aspectos nós teremos algo em torno de 13 a 14 mil empregos diretos gerados nesse período, só no mês de junho. E isso é um aquecimento e faturamento até superior ao nosso natal e a tendência é só crescer.
