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“Vivemos em uma constante luta assustadora por mais espaço e melhores condições de trabalho”

22 de julho de 2016

No próximo dia 25 de julho, é celebrado o Dia do Motorista. Na Paraíba, são mais de 21 mil trabalhadores na área, uma categoria que ainda luta por direitos e reconhecimento. “A exemplo de várias outras áreas, o nosso mercado de atuação na Paraíba se mantém difícil e vivemos em uma constante luta assustadora por mais espaço e melhores condições de trabalho. Isso porque, além de demissões, vivemos em uma situação precária, sem segurança, e sem apoio algum de qualquer órgão público”. 

A declaração é do  presidente do Sindicato dos Motoristas e Ajudantes de Entregas do Estado da Paraíba (Sindmae-PB), Marcos Antonio Rodrigues Vieira, que conversou com exclusividade com o Paraíba Total.

Na entrevista que segue, ele falou das principais ações do sindicato em prol da categoria e de que forma a entidade tem contribuído para o desenvolvimento da Paraíba.

De uma maneira geral, como está o mercado de trabalho para os motoristas do setor na Paraíba?

A exemplo de várias outras áreas, o nosso mercado de atuação na Paraíba se mantém difícil e vivemos em uma constante luta assustadora por mais espaço e melhores condições de trabalho. Isso porque, além das dificuldades enfrentadas pelos empresários da classe patronal, que já resultou em fechamento de empresas e demissões de colaboradores, vivemos em uma situação precária, sem segurança, e sem apoio algum de qualquer órgão público.  E as dificuldades só aumentam, pois a cada dia surgem novas leis que, só favorecem aos empresários, como foi com a nova lei do exames toxicológicos, onde foi inclusive noticiado pela imprensa que o Estado não está preparado para atender à categoria, como uma clinica especializada. E assim, o trabalhador tem que tirar do seu próprio salário para realizar o exame, que tem custado R$ 295.

Quais são hoje os principais gargalos do segmento e como o Sindicato tem atuado para melhorar a estrutura da categoria na Paraíba?

O nosso principal gargalo é fortalecer, orientar e qualificar toda a categoria, ações que temos feito de forma contínua para melhorar o desempenho da categoria. Para tanto, temos feito denúncias junto aos órgãos fiscalizadores como MPT, MTE, JTJ, além de campanhas de saúde dos trabalhadores, projetos culturais e de saúde nas estradas. 

Como anda a atuação do Sindicato nos municípios paraibanos, quais os avanços e as principais dificuldades enfrentadas para desenvolver o trabalho?

O Sindicato a cada dia vem se fortalecendo com o reconhecimento da categoria que acredita em nosso trabalho, por meio do qual já atuamos em 70% dos municípios do Estado. Entre os nossos avanços estão conseguir bem representar, em todas as esferas, como articulador do desenvolvimento e melhorias na área de transporte. Já nossa maior dificuldade é lidar com os órgãos públicos que se negam a enxergar as dificuldades e o desrespeito da classe patronal a esta categoria tão sofrida.                    

Na sua opinião, como o Sindicato tem contribuído de forma mais geral para o desenvolvimento da Paraíba e de que maneira? 

O Sindicato vem contribuído com o Estado, além dos nossos impostos e força de trabalho, com o desenvolvimento de ações nas melhores condições de trabalho e saúde, onde já somos reconhecidos em todo o País, com o nosso Programa Saúde nas Estradas.

De quando a quando o senhor estará à frente da entidade, quais os principais resultados obtidos pela entidade ao logo de sua gestão e como andam os novos projetos?

Sou o presidente fundador do sindicato e estou no meu segundo mandato que segue até 2019. Não tenho pretensão de me reeleger novamente, para poder dar novas oportunidades a outros diretores ou sócios, para que o sindicato se torne cada vez mais inovador. Nessa minha gestão, já obtivemos bons resultados e respeito de vários segmentos sindicais e políticos. E entre os nossos projetos futuros e em andamento estão a criação de um Centro de Apoio aos Caminhoneiros que transitam em todo o estado.