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“Foi o maior da história, pelo recorde de público e pelo forte aquecimento de toda cadeia econômica de Campina Grande e região”

6 de julho de 2017

A capital do São João, Campina Grande, fez jus ao título. De  2 de maio e 2 junho de 2017, foi realizada a maior edição do tradicional “Maior São João do Mundo”. O evento, que em anos
anteriores custava para a Prefeitura o investimento de cerca de R$ 12,5
milhões ao ano, na edição de  2017, custou R$ 5 milhões  – com grande contrapartida de investimentos privados. O resultado? recorde de público e grande aquecimento de toda cadeia econômica de turismo e eventos. 

O prefeito de Campina
Grande, Romero Rodrigues, conversou com o Paraíba Total durante o III Fórum de Turismo e Eventos de Campina Grande, na semana passada e celebrou. “Sem dúvidas, esse ano foi o maior da sua história! E isso foi
visto pelo público, pela grandeza do evento, pela estrutura, pela programação,
que foi algo indiscutível. E superou nossas expectativas, já que o termômetro
da festa é o setor econômico, a arrecadação, cujos os números já temos, mas
ainda não podemos divulgar, mas que sem dúvidas foi a maior arrecadação da
cidade, nesse período junino”, contou ele.

 Ao longo da conversa, Romero disse estar preocupado com o atual
espaço físico onde é realizada a festa no Parque do Povo. Para ele, o lugar já pequeno para o evento, que dura mais de 30 dias. Ele adiantou à reportagem que, em breve, vai anunciar o novo local. Na entrevista que segue, ele avalia positivamente a maior festa da região.

Qual foi o seu balanço da
edição 2017 do São João de Campina Grande?

Sem dúvidas esse ano foi o maior da sua história! E isso foi visto
pelo público, pela grandeza do evento, pela estrutura, pela programação, que
foi algo indiscutível. E superou nossas expectativas, já que o termômetro da
festa é o setor econômico, a arrecadação, cujos os números já temos, mas ainda
não podemos divulgar, mas que sem dúvidas foi a maior arrecadação da cidade,
nesse período junino.

De quanto foi o custo para
sua realização este ano? Houve economia e de quanto?

Até o ano passado nós tínhamos um custo médio próprio de R$ 12
milhões para sua realização. Já este ano, a Prefeitura tem investido um valor
máximo de R$ 2,9 milhões, no modelo de parceria público-privado que foi
empreendido para realização do evento este ano. E esses recursos que
economizamos já começarão a ser gastos nas obras de
construção do Hospital da Criança e do Adolescente.

O senhor se diz preocupado
com o espaço para acomodação do público do evento que cresce a cada ano? Quais
serão as mudanças na estrutura da festa em 2018?

A nossa preocupação diz respeito ao crescimento da festa. Em
especial, este ano que tivemos um grande público durante os 30 dias de festa e
não apenas nos dias abertura, São João, São Pedro e encerramento, como ocorria
nos anos anteriores. Então, precisamos encontrar uma forma de acomodar melhor
as pessoas durante os dias das apresentações dos artistas com maior apelo
popular. Contudo, todas as mudanças necessárias só podemos fazê-las debatendo
com o trade turístico, convention,
entidades, e isso de forma tranquila e serena, ouvindo opiniões, e
evidentemente buscando estabelecer um bom debate.

Já que foi algo positivo,
esse modelo adotado deve se manter nos próximos anos?

Bom, isso estamos vendo e devemos anunciar em breve,  após fazermos um real balanço e discutirmos junto às empresas envolvidas, todas as coisas que propomos como incrementos e
melhorias para o próximo ano, algo que está caminhando para um sim.  Não podemos afirmar 100%, mas pelo menos uns
90% tende para isso acontecer, já que foi um modelo que deu certo, já que
aqueceu a economia da cidade e promoveu uma grande festa.

O senhor pode nos adiantar algo mais sobre as mudanças?

Não. Mas o que podemos adiantar é que não é que vamos tirar o evento do
Centro da cidade. Pois é difícil até encontrar essa fórmula, uma vez que o Centro
da nossa cidade é muito adensado e até estamos estudando uma mudança, mas a
dificuldade de revelar isso é porque nosso estudo não está consolidado ainda. Temos que estudar bem para
não erramos, pois o São João é a paixão de Campina Grande.

Com relação à cadeia econômica,
qual o seu balanço?

É outro aspecto que não se pode perder de vista. Para tanto já
estamos com um estudo em campo nesse sentido junto a hotéis e a associação
comercial, dos restaurantes, bares e similares, dos barraqueiros do Parque do Povo.
Temos conversado com todos e eles estão satisfeitos e relatam que aqueceram bem
seus negócios, como ocorreu no segmento de hotéis, que pela
primeira vez em 34 anos de Maior São João do Mundo, conseguiu quase que 100% de
ocupação durante os 31 dias de festa, não se restringindo apenas ao período de
ápice do evento, que são os dias 23 e 24.

A parceria público privada com
a Aliança Comunicação e Cultura 
deu
certo? O contrato será renovado em 2018?

Acredito que deu sim.  Em
breve, estaremos discutindo o processo de
renovação de contrato com a Aliança Comunicação e Cultura para a realização da
edição do ano que vem do Maior São João do Mundo.

Quais as chances do Trem do
Forró se manter em Campina Grande?

Depende mais da Agência Nacional de Transporte Terrestre do que de
nós. Contudo, estamos trabalhando nisso e já temos ofício protocolado, estamos
usando o Ministério Público Federal, já que precisamos revitalizar a linha
férrea. Todo ano fazíamos esse trabalho, onde realizávamos uma revitalização
permanente e fazíamos a integração da Estação de Galante com a Estação Nova e a
Velha, onde criávamos um Novo Parque Linear na cidade e mais um atrativo
turismo permanente em Campina Grande.

E como o senhor acompanhou a
polêmica sobre a escolha das atrações do Maior São João do Mundo?

De forma serena. Pois não tem como fugir dessa tendência, que não
ocorre apenas em Campina Grande, mas em festas tão grandes e tão tradicionais
como o de Campina. Wesley Safadão se apresenta na Festa de Barretos (SP) e até
no carnaval da Bahia; Elba Ramalho, canta frevo em Pernambuco.
Portanto, é preciso entender que para uma festa do tamanho da realizada em
Campina Grande, é um desafio atender a todos os gostos. Mas, no fundo o que
importa é que demos a oportunidade de muitas pessoas assistirem aos shows de
graça. Já que shows de artistas de sucesso atual, sempre foram realizados em
casas de show, com ingressos no valor acima de R$ 200 ou mais, o que limitava a
presença das pessoas com poder aquisitivo menor. A nossa festa foi para todos e
de graça.