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“O desenvolvimento econômico de 2018 tem avaliação positiva frente à crise financeira e moral do Brasil”

31 de dezembro de 2018

O presidente da Federação da Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha sempre foi um otimista. Em entrevista que segue, ele conversou com o Paraíba Total durante encontro com a imprensa para uma avaliação de 2018 e também as projeções de 2019 – em uma conversa sobre crescimento do setor, aumento do PIB e inovação. 

Qual a leitura da Fiep com relação ao desenvolvimento econômico de 2018?

A nossa avaliação é positiva, pois a situação política de 2018 foi tão determinante para o estabelecimento de uma crise financeira, moral e de todos os modos, desde o princípio, quando a presidente Dilma se instalou no governo, ela não deve tempo de fazer qualquer planejamento visto que o tempo todo ela se defendia de um Impeachment. Já o sucessor, o presidente Temer, também teve a mesma dificuldade porque havia denúncias o tempo todo e pedidos de cassação de mandato. É difícil governar assim, sem fazer qualquer planejamento. Por esse motivo, nessa situação em que o país se encontrava, finalizar o ano com PIB positivo já é muita coisa, mostra a garra, a vontade, a capacidade de inovação e a criatividade do industrial brasileiro. É muito difícil com taxas de juros altíssimas, com taxas de impostos também mais altas ainda, sair com o crescimento positivo em meio ao emaranhado político, dentro de uma crise de tamanha envergadura nós só podemos fazer uma avaliação positiva, apesar de tudo.

Quais são as expectativas acerca do desenvolvimento industrial no ano de 2019?

Vai ser um ano melhor ainda pois passaram-se as crises, tivemos uma eleição normal nas urnas e esperamos que o ano de 2019 se apresente com outra imagem para termos um desenvolvimento muito mais acentuado, inclusive, com reformas tributárias e com queda dos juros.

Teria alguma aposta de qual setor irá expandir no ano de 2019?

A gente vai continuar crescendo muito no setor de alimentos e vamos voltar a exportar mais ainda minério de ferro. As exportações na Paraíba são crescentes em praticamente todos os setores, eu apostaria que teremos um desenvolvimento no setor têxtil, no setor mineral e voltar ao setor da construção civil que é o nosso sonho e desejo para acelerar de vez o crescimento desse país.

Os indicativos da construção civil na Paraíba estão dando alguns saltos positivos?

A construção civil está crescendo não só na Paraíba, mas em todo o Brasil. Eu vi o crescimento desse setor em São Paulo, em 23%, fiquei estupefato pensando “Ah, vai chegar para nós”, estamos esperando as sobras e vamos entrar de vez na construção civil para realmente acelerar o crescimento.

Existe alguma novidade da Fiep em relação ao próximo ano?

No próximo ano com relação a essas escolas e estaladas nós vamos ampliar muito o ensino médio do Sesi, trabalhar muito para inserir os trabalhadores na indústria 4.0 porque a aquisição de equipamento para o setor foi fantástica. Foi investido na escola de João Pessoa 50 milhões de reais para a maior indústria de fiação e tecelagem da América Latina, para treinar e ampliar o setor têxtil, que depositamos nossa confiança. Da mesma forma vamos nos inserir na parte de moda também e contar nossas atividades no setor de tecelagem, de metal, mecânica e eletroeletrônica. Também estamos torcendo e queremos muito trabalhar junto a construção civil.

Como está a agenda da Paraíba em relação a alguns elementos dessa indústria 4.0? 

Eu acredito que está bem mais próximo. Nós temos os equipamentos mais modernos da indústria 4.0, foram adquiridos em todas as comprar de infraestrutura educacional que nós fizemos para o Senai. Compramos várias impressoras 3d, duas centrais usinais de 3 eixos, duas centrais usinais de 4 eixos e uma central de usinais de 5 eixos aqui para João Pessoa e isso é realmente o que há mais moderno. Fizemos convênio com várias empresas de maquinário, de equipamento, estamos com uma Universidade Chevrolet funcionando já em Caaporã, todos os mecânicos de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba são treinados na nossa universidade.