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“Hoje, os nossos investimentos estão bem equiparados no Estado e temos outros que serão feitos, como ampliação de estações e linhas de distribuição”

4 de setembro de 2019

Um dos principais grupos privados do setor elétrico no Brasil, a Energisa destaca-se pela ousadia planejada, pela busca incessante da excelência e pelo crescimento contínuo e sustentável. Com atuação em 788 municípios e presença em todas as regiões do país, possui comprovada experiência em distribuição, geração e comercialização, além de oferecer serviços e soluções integradas para o mercado de energia elétrica.

Há cerca de nove meses no cargo, o presidente da companhia, Ricardo Charbel, lidera uma nova fase do Grupo, que busca mais aproximação e serviços aos cidadãos.  Em entrevista ao Paraíba Total, Charbel comentou sobre a sua nova gestão e também falou sobre desafios enfrentados pelo setor.  

Engenheiro eletricista, ele veio da Energisa Sergipe e foi nomeado na Paraíba no dia 5 de novembro de 2018. Com 35 anos de experiência no setor elétrico, atuou na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e conta mais sobre seus projetos na Paraíba na entrevista que segue.

Durante esses nove meses de trabalho aqui na Paraíba, o que o senhor já pode dar como um balanço, alguma mudança ou movimento significativo  até agora?

Primeiro, eu entendo que é importante dar continuidade ao trabalho que já existia. Todos aqueles pontos fortes, nós continuamos, como por exemplo, como o apoio à cultura. Agora, há alguns pontos que precisamos avançar, como nos aproximar ainda mais dos nossos clientes. Essa é uma questão que nós temos discutido diariamente com todos os  colaboradores, tanto da Energisa Paraíba, quanto da Energisa Borborema, acerca da importância que temos para o desenvolvimento do Estado. Devemos ouvir, se colocar no lugar do cliente, para entender as dores e dificuldades que ele tem, para que assim possamos viabilizar esse atendimento, sempre tentando se colocar no lugar dele.  Todas as reclamações que chegam para nós, que são de clientes pontuais, nós trazemos para discutir no nosso comitê de clientes. 

Além da questão da aproximação do cliente, quais os outros maiores desafios que o senhor percebeu nesses primeiros meses de gestão?

Desafios nós temos vários. A questão do entendimento da sociedade com relação ao impacto que geram tanto a inadimplência quantos os “gatos”. Esses dois assuntos não são fáceis de serem tratados, mas é importante que a sociedade entenda que essa é uma questão que a gente tem que ter o controle, porque todos os demais consumidores são impactados negativamente com isso. Não é assim que a gente constrói uma sociedade melhor. Temos que evoluir com todos tendo responsabilidade. Quem faz “gato”, ou é inadimplente, ou desperdiça tem irresponsabilidade com a energia gerada.  Outra questão que eu acho importante, que é um desfio, é levar para o Sertão todos os recursos disponíveis na Capital. Hoje, os nossos investimentos estão bem equiparados entre João pessoa e o interior e temos outros que serão feitos, como ampliação de estações e linhas de distribuição. 

O que o senhor poderia apontar como um grande passo da Energisa para essa melhoria?

Há vários investimentos que nós estamos fazendo. Cito dois, por exemplo, de grande destaque. Nós estamos fazendo agora, aqui na região metropolitana, uma subestação de Bayeux, que vai atender tanto o Hospital metropolitano, quanto toda a região de Byeux e Santa Rita. Além de uma subestação que vamos fazer em Altiplano. Já estamos com terreno adquirido, com projetos prontos, todos já aprovados para que a gente comece no ano que vem e termine no ano que vem. Isso vai realmente melhorar tanto a qualidade do fornecimento dos bairros de Cabo Branco, Tambaú, Mangabeiras, como também disponibilizar mais energia para que possa ter o crescimento. E temos também linhas de transmissão sendo construídas no interior do Estado, de modo a levar uma flexibilidade maior do atendimento. Agora, uma coisa interessante que eu gostaria de citar, e que já via no passado e eu estou procurando dar continuidade, é buscar que a nossa empresa esteja entre uma das melhores para se trabalhar na Paraíba. Nós queremos que a Energisa esteja sempre no ranking das melhores empresas para se trabalhar. Porque isso faz com que os nossos colaboradores possam prestar um melhor serviço para a comunidade. Essa é uma questão interna que nós estamos procurando, dando propósito ao trabalho que eles fazem. Como também, o respeito nas relações trabalhistas e pessoais. 

Como a Paraíba está em relação aos outros estados em termos de investimento em energias renováveis, a partir da compra da Alsol?

O Grupo Energisa está investindo nessa questão da geração solar. A empresa Alsol  foi adquirida pelo grupo, e o Nordeste é a região que mais produz energia renovável no Brasil. Mas essa geração distribuída ainda nos telhados das casas, que talvez seja assim que a gente mais conhece, ainda temos um grande espaço para percorrer. Minas Gerais, por exemplo, já está bem mais avançada nessa questão. Mas é uma fonte de energia importante a ser considerada o nosso poder de negócio. 

Mais alguma coisa para acrescentar?

A minha alegria de estar trabalhando aqui. E, o que me fez vir para cá foi um dos valores da empresa, que é realmente, o compromisso com a sociedade. Então, essa é uma coisa que eu tenho e que eu sei que a empresa também tem, e foi um dos motivos que eu aceitei o trabalho, e o desafio de trabalhar aqui na Paraíba, que é um prazer para mim.