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“O olhar do empreendedor precisa ser o olhar de um futuro promissor e não apenas o olhar das dificuldades atuais”

17 de abril de 2020

Diante da atual pandemia da Covid-19 (novo Coronavirus), o mundo precisou passar por uma série de adaptações, o que não foi diferente nos negócios, que tem sido severamente impactado pelo isolamento social orientado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Nesse cenário critico, muitas iniciativas foram tomadas e muitas medidas solidarias incentivadas. A Embaixada de Negócios da Paraíba lançou uma vakinha virtual de arrecadação para compra de respiradores e EPIs (Equipamentos de proteção individual), que serão doados para os hospitais do estado.

Paulo Júnior, Presidente da Embaixada de Negócios da Paraíba falou sobre a campanha de arrecadação e o mundo dos negócios. Paulo deu dicas e apresentou seu olhar sobre a atual situação econômica das empresas e mostra-se esperançoso acerca do futuro. Confira na íntegra: 

O que é a Embaixada de Negócios e quem a constitui?

A embaixada de Negócios é uma associação empresarial paraibana com foco em promover a ajuda mutua entre os empresários. Além disso busca estimular a educação executiva, para trazer mais conhecimento e melhorar a gestão, sobretudo para fomentar negócios sobre a luz da ética e especialmente da ética cristã, porque acreditamos que é tempo de oferecer mais transparência, credibilidade e que o empresário possa tomar a iniciativa e liderar o processo em qualquer ambiente de negócios. Liderar o processo da ética e de negócios feitos com compliance e preservando contratos.

A embaixada de negócios é formada por empresários, essa é a exigência básica para se associar, a pessoa precisa fazer parte do risco. Dentro dessa categoria não fazemos separação e estimulamos, inclusive que o grande empresário possa trazer conhecimento e contar suas histórias para inspirar e ajudar o pequeno nesse caminho de crescimento.

Como surgiu a ideia da vakinha contra o Covid_19, organizada pela Embaixada? Como ela está acontecendo?

Resolvemos tomar essas iniciativas após nossas interações com a sociedade medica e especialistas, com a própria diretora e o empresariado associado à embaixada de negócios. A vakinha virtual foi criada pela embaixada e está sendo apoiada por outras entidades, como o Fórum das Mulheres de Negócios, a CDL João Pessoa (Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa), a ASCOM (Associação Comercial da Paraiba), a Associação Brasileira de Agencias de Viagens da Paraíba, a Fundação Cidade Viva e também, amparada e assinada pela Associação Paraibana de Pneumologia. Nós a criamos como uma das frentes de trabalho da embaixada, logo que surgiu o isolamento social, conversamos com a Sociedade Paraibana de Pneumologia, entendemos as urgências e decidimos trabalhar em três frentes. Uma delas é a emergência médica e por isso criamos a vakinha, para ajudar de forma, ainda que pontual, na compra inicialmente de respiradores, mas principalmente os EPIs (Equipamentos de proteção individual) que atualmente é uma das maiores emergências, então estamos focando hoje na aquisição de EPIs (luvas, máscaras N-95, protetor facial), que é visto como primeira urgência. A segunda é a que nós atuamos, formular sugestões e envia-las ao poder público, sugestões de como o empresariado pensa e como entendemos que o pode publico pode ajudar a reorganizar a economia. A terceira frente é a disseminação de conhecimento através das lives que estamos fazendo. 

Como vocês enxergam o futuro dos negócios, diante desta pandemia?

Nós enxergamos o futuro diante da pandemia com o olhar mais positivo, cientes de que existem muitas oportunidades, de se reinventar como empreendedor, por exemplo. É certo de que alguns negócios infelizmente não irão sobreviver, mas o empreendedor é muito hábil aa reconstrução, na inovação, ou até mesmo em na construção de um novo negócio. Nós entendemos que muitas oportunidades surgirão a partir disso. Algumas tendências estão muito claras, como a digitalização, a virtualização das coisas e dos meios de pagamento mais utilizados, facilitando, inclusive, a compra em qualquer canal de venda. Vemos que empresas, que estavam iniciando esse processo, tiveram que em menos de quinze dias lançar sua loja virtual, melhorar logística e inovar. Vemos que muitas pessoas vão precisar de mais conhecimento, de como fazer.  Mas, temos estimulado a pensarem no porquê fazer, ou continuar fazendo. E a partir daí buscar a ajuda de profissionais e especialistas. Ouvir consultores e ter uma boa assessoria, para entender o que está acontecendo, ser mais assertivo e aproveitar as oportunidades que surgem a partir dessa pandemia.

Qual dica o senhor pode dar para o empreendedor, durante essa pandemia?

O olhar do empreendedor, precisa ser o olhar de um futuro promissor e não apenas o olhar das dificuldades atuais, elas existem, são verdadeiras, mas devemos aproveitar esse momento para ajudar, não só contribuindo com a vakinha virtual da Embaixada de Negócios ou com outras iniciativas que estão surgindo. Que ele possa, aproveitar esse momento para atualizar o seu conhecimento, para se conectar com pessoas que tenham histórias de superação e o incentivem a insistir, para aprender mais, sem destinar tanto tempo refletindo sobre os problemas ou apenas consumindo más notícias. Aproveitar esse momento para entender o que está acontecendo e se renovar, confiar e buscar sair melhor do que entrou nessa quarentena.