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Vendas de imóveis reagem em João Pessoa

19 de julho de 2013

Mesmo sem sinais claros de retomada do crescimento da economia brasileira, o mercado imobiliário pessoense reagiu e elevou seu faturamento com venda de imóveis novos. A alta foi de 21,02% nos cinco primeiros meses deste ano sobre o mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, o volume de vendas chegou a R$ 722,463 milhões contra R$ 596,963 milhões do ano passado. Os dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP) foram consolidados pelo corretor e tecnólogo em negócios imobiliários Fábio Henriques.

Após primeiro trimestre mais tímido em vendas, os meses de abril (R$ 184,596 milhões) e maio (R$ 175,919 milhões) foram os melhores meses deste ano do setor na capital e puxaram a alta no faturamento.

“A onda de pessimismo atrapalha a economia, mas a Paraíba mostra que ainda tem o mercado ativo e aquecido. Há uma demanda grande reprimida, especialmente para os imóveis que se enquadram no ‘Minha Casa, Minha Vida’, que não são incluídos nesta pesquisa. Se eles entrassem, os números seriam maiores”, pontuou o presidente do Sinduscon-JP, Fábio Sinval.

Já o número de imóveis comercializados na capital reduziu a queda de 25,79%, que acumulava até o primeiro trimestre, para recuo de 9,04% até maio. Segundo os dados do Sinduscon-JP, o número de imóveis vendidos chegou a 2,343 mil este ano contra 2,576 mil nos cinco meses do ano passado.

Média mais alta

Mas em número de imóveis vendidos este ano apenas abril dos cinco da pesquisa superou em igual período aos meses do ano passado. Com 630 unidades vendidas, abril não apenas superou em comparação do mesmo mês de 2012 (392) como foi o mais alto em termos de comercialização de unidades nos dois anos.

Já as vendas de unidades de imóveis dos demais meses deste ano: janeiro (452), fevereiro (337), março (405) e maio (519) foram inferiores ao ano passado.

Apesar de o número de imóveis menor, a média de valor dos imóveis quando dividido globalmente pelas vendas voltaram a subir nos últimos dois meses. “No mês de maio, por exemplo, aconteceram lançamentos de maior valor agregado e que foram muito bem aceitos pelo mercado”, explicou Fábio. De fato, a média do valor de imóveis em março (R$ 262 mil) subiu para R$ 293 mil em abril e chegou a R$ 338 mil em maio.

Com a retomada, a construção civil deverá continuar em ritmo de crescimento até o final do ano.

“No ano passado, o setor residencial faturou algo em torno de R$ 1,5 bilhão. Neste ano, deveremos chegar a R$ 1,8 bilhão”, acrescentou Henriques.

Mudança de cenário

As cifras mais otimistas de maio – e que devem continuar otimistas em junho, conforme o tecnólogo Fábio Henriques – contradizem aquilo que foi visto no primeiro trimestre do ano. De janeiro a março, a indústria da construção civil acumulava queda de 17,64% no faturamento e de 25,79% em imóveis.

“É natural que, com a mudança da gestão municipal, alguns lançamentos demorem mais para acontecer”, comentou.

Passado o período de adaptação, segundo ele, as ‘plantas’ retidas no começo do ano foram liberadas e não tiveram que enfrentar tanta concorrência em maio.

“Bancários e Manaíra receberam empreendimentos residenciais bastante atrativos. No primeiro, principalmente, há uma nova leva de clientes que são aqueles que já têm um imóvel, mas vendem em troca de uma unidade melhor, mais equipada, com maior valor”, concluiu.