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Peças de artesãs de Salgado de São Félix participam de desfile de modas na capital

14 de maio de 2014

Uma coleção de 25 peças do vestuário feminino realçadas por aplicações artesanais com renda de filó, tenerife, filé, crochê, entre outros, produzidas por um grupo de artesãs de Salgado de São Félix, apoiado pelo Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar e Banco Mundial, vai ganhar as passarelas pela primeira vez num desfile de modas que acontecerá na próxima quinta-feira (16), às 20h, na Feira do Empreendedor, no Centro de Convenções da capital.

Para incentivar o desenvolvimento das peças artesanais do grupo, o Cooperar e Banco Mundial destinaram R$ 125,7 mil para a construção de um centro de artesanato, capacitação e compra de equipamentos e insumos imprescindíveis para a produção. O centro conta com uma infraestrutura de 431,47 metros quadrados com sala de reunião, almoxarifado, área de produção e exposição, onde 40 artesãs desenvolvem a técnica de trabalhos manuais com renda, crochê, filé, entre outros.

Segundo o coordenador do Projeto Cooperar, Roberto Vital, acreditar no potencial gerador de ocupação e renda do artesanato tem sido prioridade do Governo do Estado, com a efetivação de contratos com sete associações, envolvendo recursos da ordem de R$ 753,1 mil que beneficiaram 215 famílias.

A coleção – O estilista e professor de arte e moda Léo Mendonça acompanhou todos os passos dos três meses de produção da coleção que, segundo ele, é atemporal, ou seja, tanto pode ser usada no verão como no outono/inverno. “Na cartela de cores, decidimos optar pelo básico, como vermelho, preto, verde, amarelo, entre outras, e o nome da coleção que ganhará ainda um catálogo chama-se Jardim das Artesãs, inspirada na produção de flores que essas mulheres produzem em suas próprias casas”, afirmou.

Léo informou que a coleção também foi elaborada com formas práticas e fáceis de serem usadas como os vestidos, modelo tubinho, trapézio, macacão, entre outras, produzidos com opções de tecidos de fibras orgânicas, como o linho, algodão e toque de seda. “Me surpreendi com o trabalho dessas mulheres, incentivado pelo forte desejo de querer criar uma coleção diferenciada”, destacou.

O estilista ainda lembrou que o Cooperar viabilizou a melhor forma possível para tornar real a coleção. “Depois do primeiro desfile, planejamos criar uma vitrine virtual para que as peças possam ser comercializadas e também agendamos outras exposições no sentido de tornar o produto acessível a outros públicos”, comentou.