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João Pessoa ganha oficina de reparos e manutenção de aviões

9 de junho de 2014

A Paraíba recebeu oficialmente, na noite de sábado (07), a primeira oficina de aviões de pequeno e médio porte do Estado, a JPA Manutenção de Aeronaves LTDA, localizado no Aeroclube da Paraíba. O investimento de R$ 1 milhão elevou o Estado para o segundo lugar do Nordeste em faturamentos no segmento, ficando atrás apenas de Alagoas. 

O coquetel de lançamento foi realizado no próprio aeroclube. A empresa prestará atividades de manutenção preventiva e corretiva, assistência técnica, além de executar revisão de motores aeronáuticos em aviões de até cinco toneladas. 

Desde fevereiro, a empresa foi homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que avaliou toda documentação necessária, o desempenho do processo de manutenção, como também o layout físico das instalações que ocupa aproximadamente mil metros quadrados, espaço capaz de receber variados modelos de aeronaves.

De acordo com o proprietário da JPA, o comandante Higo Luiz Bruno, o processo de homologação na Anac demorou um ano e meio, mas o retorno financeiro veio a jato. “Ficamos muito felizes porque o retorno do investimento foi bem acima da expectativa e realmente comprovou nosso planejamento inicial de que havia uma carência muito grande aqui no Nordeste em manutenção especializada de aeronaves. Esperávamos que o retorno aparecesse em 12 meses, mas a partir do terceiro mês já foi possível até antecipar os próximos investimentos”, afirmou.

Paulista de berço, o comandante Higo Luiz mora há três anos na Paraíba e quando teve a ideia de abrir um negócio, apostou todas as fichas no Estado. “A Paraíba é um Estado simpático para investimentos. É um Estado em pleno desenvolvimento e de localização estratégica. Os números da oficina em si já mostram que a Paraíba tem potencial para desenvolvimento na aviação”, disse.

Além da Paraíba, no Nordeste, só existem oficinas de manutenção em Alagoas e em Pernambuco, mas em receita, a Paraíba já ultrapassa Pernambuco e figura em segundo lugar da região. “Já foram consertadas 30 aeronaves aqui, em tão pouco tempo de funcionamento”, conta o comandante. Hoje, a JPA possui 14 empregos diretos e 22 indiretos. “Em 2015, queremos dobrar esse número de colaboradores”.  

Higo explica que, para o conserto, a aeronave é trazida para o hangar do aeroclube e, caso seja necessário, algumas peças são encaminhadas para laboratórios em Rio e São Paulo. “No nosso modelo de negócio, a gente faz a revisão das manutenções preventivas e corretivas trazendo a aeronave para cá. Alguns componentes que necessitam de especialização como, por exemplo, equipamentos eletrônicos, nós encaminhamos para laboratórios em São Paulo e no Rio de Janeiro e eles fazem uma revisão desses componentes e depois retornam as peças para checagem e instalação aqui. Isso permitiu que melhorássemos o controle de qualidade”.