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Custo para construir sobe menos, mas confiança do setor cai pelo 5º mês seguido

28 de julho de 2014

O custo da construção ficou, em julho, 0,8% maior. Apesar do resultado abaixo do registrado no mês anterior, de 1,25%, no ano, o índice acumula variação de 5,56% e, nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,22%.

O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado), divulgado nesta segunda-feira (28), pela FGV (Fundação Getulio Vargas), apontou que a alta foi impulsionada peva variação de 1,1% no valor cobrado pela Mão de Obra. O preço dos Materiais, Equipamentos e Serviços, por sua vez, subiram 0,45%.

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 0,52%, com alta em três dos quatro subgrupos componentes do índice e destaque para os materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,37% para 0,56%.

A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,34%, em junho, para 0,18%, em julho. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo vale transporte, cuja variação passou de 0,64% para 0%.

Já no índice referente à Mão de Obra, a variação apresentada foi de 1,11% em julho, com consequência dos reajustes salariais ocorridos em Brasília e Porto Alegre. No mês anterior, a alta havia sido de 2,05%.

Nas capitais, três delas apresentaram desaceleração em suas taxas de variação: Belo Horizonte (de 0,15% para 0,12%), Recife (de 0,23% para 0,1%) e São Paulo (de 2,61% para 0,24%). Por outro lado, Salvador (de 0,06% para 0,09%), Brasília (de 0,58% para 3,26%) e Porto Alegre (de 0,12% para 2,9%) registraram seguiram o índice e apresentaram alta. O Rio de Janeiro manteve estabilidade (0,1%).

Confiança

Pelo quinto mês consecutivo, o ICST (Índice de Confiança da Construção)  aponta uma evolução desfavorável para negócios no setor, ao registrar variação interanual de -10,3%, no trimestre finalizado em julho, ante uma taxa de -9,8% observada no trimestre anterior. Este foi o pior resultado desde outubro de 2011 (-10,4%). 

Como aconteceu nos últimos três meses, o recuo da confiança em julho aconteceu com a piora das expectativas do setor. Em bases trimestrais, a variação do IE-CST (Índice de Expectativas) passou de -13,1% para -14,0%, em julho. Em termos mensais, a queda foi ainda mais pronunciada, de -13,6% para -15,1%, em julho.

Dos onze segmentos pesquisados, sete apresentaram queda, com destaques negativos para os segmentos de Edificações ( de -11,3 para -13,0%), Preparação do Terreno (de -9,3% para -10,2%) e Obras de Arte Especiais (de -12,2% para -13,0%).