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Cadeira do paraibano Ariano Suassuna na ABL vai para Zuenir Ventura

31 de outubro de 2014

O jornalista Zuenir Ventura é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) – ele vai ocupar a cadeira 32, que ficou vaga com a morte do acadêmico, dramaturgo, poeta e romancista Ariano Suassuna, em 23 de julho passado, no Recife, Pernambuco. Zuenir foi eleito com 35 votos. Thiago de Mello teve um e Olga Savary um. Estavam presentes 18 acadêmicos e 19 votaram por carta.

Os ocupantes anteriores da cadeira foram Carlos de Laet, Ramiz Galvão, Viriato Correia, Joracy Camargo e Genolino Amado.

Mineiro de Além Paraíba, ele é colunista do jornal O Globo e ingressou no jornalismo como arquivista, em 1956. Nos anos 1960/61 conquistou bolsa de estudos para o Centro de Formação dos Jornalistas de Paris. De 1963 a 1969, exerceu vários cargos em diversos veículos: foi editor internacional do Correio da Manhã, diretor de Redação da revista Fatos & Fotos, chefe de Reportagem da revista O Cruzeiro, editor-chefe da sucursal-Rio da revista Visão-Rio.

Em 2008, Zuenir Ventura recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que “mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos”. Em 2010, foi eleito “O jornalista do ano” pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros. Ao comentar sua série de reportagens sobre Chico Mendes e a Amazônia, The New York Review of Books classificou o autor como “um dos maiores jornalistas do Brasil”. A revista inglesa The Economist definiu-o como “um dos jornalistas que melhor observam o Brasil”.

Zuenir Ventura tem 83 anos e há 51 é casado com Mary Ventura, com quem tem dois filhos: Elisa e Mauro.