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Caiçara comemora 106 anos de emancipação política nesta sexta-feira (07)

7 de novembro de 2014

Localizado na Microrregião de Guarabira, a 143 km da Capital, Caiçara, é um dos municípios paraibanos que celebra nesta sexta-feira (07), seus 106 anos de emancipação política. A sua independência no aspecto administrativo, ocorreu com a Lei Estadual de Nº 309/1908, quando se desmembrou da vizinha cidade de Guarabira.

Sua população em 2013 foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7.304 habitantes, distribuídos em 128 km² de área. A localidade limita-se com Nova Cruz-RN, Jacaraú e Lagoa de Dentro (Leste), Serra da Raiz e Belém (Sul) e Logradouro (Leste).

Caiçara é um verdadeiro celeiro musical. Desde sua emancipação Caiçara já contava com músicos e em 1910 foi formada a banda “7 de Novembro” que realizava memoráveis apresentações no coreto. Dessa geração surgiu o seu músico maior, o maestro Joaquim Pereira, que regeu a Banda da Academia Militar das Agulhas Negras, foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica da Paraíba, compôs os arranjos do Hino da Paraíba e tem dobrados até hoje executados em vários países. 

A tradição das bandas nunca acabou, seja com as bandas marciais das escolas, até a banda “Joaquim Pereira” (desativada há alguns anos) e a atual “7 de Novembro”. Houve também de violeiros com suas serenatas, até a geração atual, que teve a frente o cantor Zé Carlos e nomes como Marinézio Marques, Fátima Marques (uma das grandes seresteiras do Brasil), cantores evangélicos e de forró como Paroara do Acordeon e Adriano José, além de várias bandas de forró e de outros estilos.

O teatro também sempre esteve presente na cidade, seja nas apresentações realizadas no auditório do antigo Grupo João Soares, seja com o “Grupo Liberdade” ou com os atuais “Senhora” e “Rainha” e “Grupo Art’tude”. O maior expoente da cultura caiçarense foi Manoel Rafael de Carvalho, ele atuou em 33 filmes, 5 novelas, humorísticos, peças teatrais, escreveu cordéis e livros, lançou 5 discos, além de ter também se destacado no folclore e na militância política. 

O cinema também marcou gerações na cidade, desde o antigo “Cinema Rio Branco” até o popular “Cinema de Zé de Biu”. Na dança foi mantido até pouco tempo dois grupos: o “Artdance” e o “Revelação”, além do Grupo Cultural e Quadrilha Nação Nordestina que se destacou em vários concursos estaduais, como também em outros estados. 

Já no artesanato, Caiçara conta com o “Centro de Economia Doméstica”, na pintura, com nomes como Hermano José. O seu folclore ainda é recheado de lendas e manifestações que encantaram gerações.