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Descontos na Black Friday devem superar os de 2013

24 de novembro de 2014

O desconto médio da Black Friday deste ano deve superar o de 2013, que foi de 25% em produtos de categorias pesquisadas pela Sieve Price Intelligence, empresa que atua na área de monitoramento de preços do e-commerce para varejistas e fabricantes.

“Além de haver um cenário econômico mais adverso, em que o consumidor está mais cauteloso no gasto, há um amadurecimento dos lojistas de forma geral no Black Friday”, diz Jefferson Costa, gerente da Sieve Price.

Para calcular o desconto médio de 25%, foram medidos os preços de produtos das categorias durante os três meses prévios à edição do Black Friday. Apuradas as médias, elas foram comparadas aos valores de venda no dia da promoção.

De acordo com a pesquisa, os produtos de papelaria foram os que tiveram maiores descontos médios, de 31%, seguidos por brinquedos (30%) e moda e acessórios e casa e decoração (27%).

A maioria dessas categorias, entretanto, não está entre as mais procuradas pelos consumidores na data. De acordo com a medição da consultoria E-bit, no ano passado a categoria mais vendida foi telefonia/celulares, seguida por eletrodomésticos, moda e acessórios, informática e eletrônicos.

Isso acontece porque, nesses produtos, que costumam custar mais caro, um índice de desconto menor pode representar uma queda maior de preço em valores totais.

Em 2013, a Black Friday movimentou R$ 770 milhões –foram 1,950 milhão de pedidos foram feitos via internet. O tíquete médio de cada compra ficou em R$ 396. Para 2014, a previsão é que a data gere receitas de R$ 1,2 bilhão.

Só são considerados para o cálculo da Sieve Price os produtos que são marcados como participantes da Black Friday pela Busca Descontos, cujo dono, Pedro Eugênio, é idealizador do evento. Os itens que variam de preço mas não são marcados como participantes da data não são considerados.

A empresa também calculou os descontos máximos oferecidos na edição de 2013. Os mais expressivos foram em moda e acessórios (80%), eletrodomésticos (76%) e casa e decoração (75%). Segundo a empresa, o desconto máximo é registrado a partir de um único produto que foi vendido nesse patamar.

Uma das mudanças que deve ocorrer nas ofertas deste ano, segundo Costa, é que os lojistas devem dar destaque ao site que oferece os descontos e não somente aos produtos em si.

Em Goiás, Flávio’s Calçados se ingressou nesta empreitada. Na rede, a campanha é denominada Black Flávio’s. A promessa é de descontos de 30 a 70% entre os dias 26 e 28.

Nos primeiros anos do evento, que começou a acontecer no Brasil em 2010, eram comuns aparecerem descontos de “metade do dobro”, com lojas elevando preços para depois baixá-los. 

Comércio oferece regularização de crédito

Parte das empresas começa a pagar, dia 30 de novembro, a primeira parcela do 13º salário. Esperada por muitos, a renda extra tem sido aproveitada pelo brasileiro para o pagamento de dívidas no final do ano. De olho nesta intenção, o comércio já iniciou campanhas de recuperação de crédito em Goiás. Nesta tarefa, lojistas e consumidores ganham.

E o percentual dos que devem usar a gratificação natalina não é pequeno. Nada menos que 68% dos brasileiros pretendem usar este benefício para pagar dívidas neste fim de ano. A afirmação é de pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

As campanhas de recuperação de crédito oferecem facilidades e descontos especiais para os devedores. É o caso da Flávio’s. A loja abate juros e multas das parcelas atrasadas. Os descontos variam de 10% a 80% sobre os juros e multas. O percentual depende do tempo da dívida.

Segundo a gerente de crédito e cobrança da rede goiana, Quezia Rosa Teles, estes programas especiais de quitação acontecem há vários anos na empresa durante este período. “Em média, dobramos a recuperação de crédito neste período”, diz.

A gerente ressalta ainda que a movimentação geralmente se intensifica a partir de 20 de novembro, data que marca o recebimento da primeira parcela do 13° salário, e segue até o final do mês. “A regularização é boa para os dois lados, afinal a loja recebe e o consumidor recupera seu crédito, podendo realizar novas compras”, afirma Quezia.