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Cadeirinhas automotivas precisam melhorar, aponta quarta avaliação da Proteste

26 de novembro de 2014

Nenhuma cadeirinha para carros obteve além de três estrelas na avaliação feita pelo Programa de Avaliação de Carros Novos – Global NCAP e ICRT (International Research & Testing), entidade parceira da Proteste Associação de Consumidores, com a colaboração da Fundação Gonzalo Rodríguez (Uruguai). Na quarta avaliação feita, a conclusão é que esses dispositivos de retenção das crianças nos veículos ainda precisam melhorar. A classificação máxima é de cinco estrelas.

Foram submetidos a testes de impactos 13 modelos de cadeirinhas automotivas (três só estão à venda em outros países da América Latina), para avaliação da segurança dos equipamentos disponíveis no mercado latino americano. Os produtos testados são para crianças de 0 a 36 quilos.

No teste de colisão frontal, o modelo Galzerano Orion Master quebrou na parte traseira, próximo ao cinto de segurança da cadeirinha. No Baby Style Cadeira 7000 e Chicco Xpace, também houve grande deslocamento do boneco usado nos testes.

E a presilha lateral da Baby Style 333 se rompeu no teste de colisão frontal. Com a ruptura, a cadeirinha se desestabilizou completamente, jogando o boneco para todos os lados, desestabilizando todo o dispositivo e levando o boneco a quase fazer uma cambalhota. Houve grande deslocamento da cadeirinha Chicco Eletta e, por consequência, do boneco. O mesmo ocorreu com o modelo Nania Cosmo SP Ferrari, do grupo 0/1.

Os resultados foram ainda piores no teste de colisão lateral, que não é exigido pelo Inmetro na análise para certificar as cadeirinhas vendidas no Brasil. Na Burigotto Touring SE 3030 e Lenox Casulo, ocorreu um forte contato da cabeça com a lateral da porta. Os demais modelos foram considerados ruins, com um contato menos forte.

O único modelo com segurança lateral adequada foi o Bebe Confort Axiss, oferecendo boa proteção da cabeça, não permitindo o contato com a porta lateral do veículo.

Para aumentar a segurança da criança em caso de colisão lateral, recomenda-se que a cadeirinha seja instalada na parte central do banco traseiro, caso o carro tenha cinto de três pontos nessa posição. O cinto abdominal não prende a cadeirinha com firmeza.

Quem já tentou instalar uma cadeirinha sabe que elas não são autoexplicativas e, se mal instaladas, podem colocar em risco a criança. Nesse item, o pior resultado ficou com a Baby Style 333. Foi difícil passar o cinto de segurança pelos caminhos e ajustá-lo depois. Também houve problemas para entender como preparar a cadeirinha em caso de conversão de grupo 0+ (até 1 ano e com até 13 quilos), para o grupo 1 (1 a 4 anos e 9 a 18 quilos).

As cadeirinhas mais fáceis de instalar foram a Burigotto Touring SE 3030, Lenox Casulo, Baby Style Cadeira 7000, Bebe Confort Axiss, Chicco Xpace, Chicco Eletta e Nania Cosmo SP Ferrari. Já na hora de colocar a criança na cadeirinha, os resultados não foram tão ruins.

É preciso prestar atenção para que o cinto de segurança da cadeirinha não dobre, deixando a criança mal fixada. As crianças próximas aos limites de peso e tamanho especificados pelo produto terão mais dificuldades para serem colocadas, exigindo mais força para prendê-las e deixando-as um pouco apertadas. Isso ocorreu com a Baby Style Cadeira 7000 e Galzerano Orion Master.

É importante ler com atenção as instruções de uso, apesar de algumas deixarem a desejar, como é o caso dos modelos Lenox Casulo, Galzerano Coccon Infinity e Baby Style Cadeira 7000, em que as ilustrações eram de baixa qualidade e as informações eram confusas e insuficientes. As melhores instruções são dadas pela Chicco Xpace.

Os modelos para crianças com até 13 kg avaliados foram: Burigotto Touring SE 3030; Lenox Casulo; Galzerano Coccon Infinity; Baby Style Cadeira 7000; Bebe Confort Axiss; Chicco Xpace; Galzerano Orion Master; Baby Style 333; Chicco Eletta e Nania Cosmo SP Ferrari.

Outros três modelos testados não são vendidos no Brasil, mas estão disponíveis em outros países latino-americanos. São eles: Infanti Saville V3 (grupo 0+/1), Premium Baby Grand Prix (grupo I/II) e Infanti Saville Max V8 A (grupo 0+/I/II/III).

Nos testes de impactos frontal e lateral, a realidade é a mesma encontrada nos modelos à venda no Brasil, ou seja, produtos com uma estrela de resultado final. A cadeirinha Infanti Saville V3 teve ruptura do clipe do peito. Já o dispositivo Infanti Saville Max V8 inclinou durante o teste, ocasionando quase um giro do boneco. E o modelo Premium Baby Grand Prix provocou uma lesão abdominal séria no boneco.