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Dívida do setor público brasileiro chega a R$ 1,88 trilhão em dezembro, segundo BC

30 de janeiro de 2015

A dívida líquida do setor público — endividamento com o sistema financeiro (público e privado), setor privado não financeiro e resto do mundo — alcançou R$ 1,88 trilhão em dezembro. Isso representou 36,7% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País. Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo BC (Banco Central), houve um aumento de 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior e 3,1 p.p. em relação a 2013. Isso quer dizer que o País aumentou a sua dívida.

O BC afirma que o resultado foi compensado, parcialmente, pelo impacto da desvalorização do câmbio com o dólar de 3,75% no período, o que respondeu por redução correspondente a 0,6 p.p.

No ano, os juros nominais, o saldo negativo nas contas do governo e o ajuste de paridade da dívida externa líquida contribuíram para elevar a relação entre a dívida líquida e o PIB. De outro lado, o crescimento do PIB nominal, a desvalorização cambial e o reconhecimento de ativos contribuíram para reduzir a relação.

Já a dívida bruta do governo geral (governo federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,25 trilhões em dezembro, 63,4% do PIB, elevando-se 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior e 6,6 p.p. em relação a 2013.

Resultados fiscais

O setor público consolidado registrou saldo negativo primário de R$ 12,9 bilhões em dezembro. O governo central ficou no positivo em R$ 755 milhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais apresentaram resultado negativo de R$ 11,3 bilhões e R$ 2,3 bilhões, respectivamente.

No ano, o resultado primário foi negativo em R$ 32,5 bilhões (0,63% do PIB), em relação ao positivo de R$ 91,3 bilhões (1,88% do PIB) em 2013. O governo central, os governos regionais e as empresas estatais registraram saldo negativo de R$ 20,5 bilhões, R$ 7,8 bilhões e R$ 4,3 bilhões, na ordem.