logo paraiba total
logo paraiba total

‘Minha Casa Minha Vida’ paralisa contratação de novas moradias nos dois primeiros meses do ano

2 de março de 2015

Nos dois primeiros meses deste ano, o programa Minha Casa Minha Vida ficou praticamente sem contratar novas moradias destinadas à população de baixa renda, onde se concentra o déficit habitacional do País. Mesmo com a promessa oficial de contratar 350 mil novas habitações até junho, nas três faixas de renda do programa, o que houve foi a paralisação na contratação da faixa 1, para famílias com renda mensal de até R$ 1.600. 

A causa é a frustração de recursos — para esse público, o governo subsidia até 95% do valor do imóvel.

Em janeiro, foram contratadas 1.561 unidades para a população enquadrada na faixa 1 do programa, segundo dados obtidos pelo Estado. Quando o programa rodava a pleno vapor, a média de contratação de moradias dessa faixa superava 30 mil unidades por mês. Nas faixas 2 e 3 foram contratadas, respectivamente, 31.866 e 4.868 moradias.

Houve queda de 17% nos desembolsos do programa em janeiro na comparação com o primeiro mês de 2014, informou o Tesouro Nacional. O presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, afirmou que em fevereiro esse quadro não se alterou.

Desde o ano passado, diante do cenário de restrição fiscal e com folga para bater a meta da segunda etapa, o governo colocou o pé no freio nas contratações. Em 2014, o total de contratações nas três faixas ficou em cerca de 500 mil unidades habitacionais, praticamente a metade do que foi contratado em 2013 (930 mil).