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Empresas que apostam nas vendas on-line esperam crescimento de até 25% este ano

6 de março de 2015

A baixa confiança do consumidor e o desemprego tem dado sinais que muitas famílias têm reduzido o consumo. Mas, segundo o levantamento Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), que traz os dados preliminares do crescimento das empresas atacadistas e distribuidoras, isso tende a mudar. A ABAD prevê que o crescimento mínimo no setor de atacado no Brasil poderá ficar em torno dos 2% ao longo de 2015 e quem investiu no mercado on-line poderá colher os melhores resultados.

Comércio eletrônico em alta

As vendas no mundo digital neste mercado não param de crescer. Para a Gazin, que trabalha com vendas de eletrônicos e eletrodomésticos por atacado, a internet auxilia graças à comodidade oferecida. ” O consumidor não precisa sair de casa. Esperamos fidelizar cada vez mais usuários e aumentar as venda em 25% este ano”, diz Wesley Alves, Gerente de Marketing da Gazin.

O gerente ainda aconselha. “Os atacadistas têm que acompanhar essa mudança de comportamento do consumidor, senão, perde uma boa oportunidade de ter bons lucros. Para isso é necessário desenvolver boas estratégias e ir de cabeça no comércio além das fronteiras”.

Com o contínuo crescimento do e-commerce, que intensificou o índice de gastos on-line, as vendas do setor chegaram a R$ 35,8 bilhões em 2014, segundo a empresa especializada em informações do comércio eletrônico E-bit. Com o resultado, o e-commerce obteve crescimento de 24% sobre o faturamento de 2013. A estimativa de crescimento para 2014, até novembro do ano passado, era de 20%. A tendência é que cada vez mais empresas migrem para o setor digital em 2015, em uma tentativa de capitalizar sobre este segmento de tão rápido crescimento.

Estagnação temporária

“Apesar do ano atípico de 2014, não é possível deixar de comprar produtos básicos como alimentos, limpeza doméstica e higiene pessoal. Isso significa que números que apontam crescimento negativo são temporários, devidos a uma base de comparação alta, alcançada em um período de euforia de consumo de itens alimentares e de cuidados pessoais mais sofisticados, o que hoje não condiz com a realidade”, acredita José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD.

Além disso, o setor apresentou crescimento real (deflacionado) de 11,35% em dezembro 2014, na comparação com novembro. Já em relação a dezembro de 2013, a retração chegou a 6,68%, enquanto o resultado acumulado no ano, de janeiro a dezembro, ficou em -1,89%.

Celulares

É natural também que as pessoas decidam migrar das compras feitas pelo computador para a busca de produtos nos dispositivos móveis.Em 2014, cerca de 30% das compras on-line no mundo foram feitas via dispositivos móveis, segundo o banco de dados da empresa de marketing digital de performance Criteo, especializada no atendimento a sites de comércio eletrônico. Em 2015, essa participação deve alcançar 40% na média mundial. No Brasil, a participação de mobilidade gira em torno de 10%.