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Projetos de residenciais reservam espaços para bicicletários

20 de abril de 2015

João Pessoa tem cerca de 45 quilômetros de ciclovia, segundo informações da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob). Seja para o trabalho ou lazer, as faixas exclusivas são utilizadas diariamente por dezenas de ciclistas e a adesão de parte da população às bicicletas tem tido efeito também na construção civil e despertado os empresários para reservar espaço nos novos empreendimentos para as ‘magrelas’.

A arquiteta Cynthia Sordi, do escritório Fábio Galisa Arquitetura, explicou que os arquitetos e demais profissionais da área da construção têm identificado a necessidade de criação de bicicletários nos empreendimentos, uma vez que muitos moradores estão aderindo à prática do pedal. Segundo ela, quando apresentadas nos projetos, as sugestões também são aprovadas pelos clientes.

“Os bicicletários costumavam ser um ‘plus’ que as construtoras ofereciam aos moradores. De certa forma, o arquiteto e o construtor identificaram uma necessidade latente da população. No início, a ideia do bicicletário não contava com o apoio irrestrito dos construtores, hoje já é percebida como necessária, passando a fazer parte do programa de necessidade de cada vez mais empreendimentos. Muito nos alegra contribuir com o fortalecimento do hábito saudável da prática do ciclismo”, acrescentou a arquiteta.

A construtora Massai é um dos exemplos de empresas que aderiu à inserção de bicicletários nos projetos e desenvolve espaços unindo estética e funcionalidade, como afirmou o engenheiro e gerente de projetos da construtora, Jean Max. “Praticamente em todos os mais recentes lançamentos da Massai criamos áreas comuns de bicicletários, com diferenciais como acesso facilitado dos condôminos aos ciclistas que vem da rua, além de suportes para bicicletas e bancadas de reparo. No Massai Home Service (MHS), por exemplo, que ainda será lançado, há ferramentas para algum reparo, suportes individuais e o espaço é todo ambientado, com pintura e pisos especiais adesivados. Nele, a estética se une à funcionalidade”, adiantou o engenheiro.

Assim como as demais áreas comuns dos residenciais, os bicicletários também são projetados de maneira que atenda à demanda dos moradores. Não há um padrão para a dimensão da reserva dos espaços. Contudo, segundo a arquiteta Cynthia Sordi, é planejada uma vaga para cada unidade habitacional, no caso dos condomínios. O engenheiro Jean Max acrescenta que a disponibilidade dos espaços varia conforme o porte do empreendimento.

Quanto à estruturação da área para a guarda das bicicletas, Cynthia Sordi informou que o espaço para esse tipo de veículo deve ficar onde for mais prático para o morador fazer a manobra com segurança e ter o melhor acesso aos locais de saída e entrada do prédio.

“Quando não é possível, fazemos um percurso, dentro da edificação, livre de obstáculos, de modo que não haja danos ao patrimônio dos condôminos”, acrescentou a arquiteta.

Ela disse ainda que os bicicletários devem ser equipados com coberturas para proteger os veículos da incidência dos raios solares e chuva, além de estarem localizados em espaços que não interfiram na passagem dos transeuntes. “Entendemos que a bicicleta é um bem até mais frágil que os carros e motos. Alguns ciclistas zelam tanto por sua bicicleta que procuram nas edificações depósitos fechados e individuais para guardá-la”, destacou.