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Crescimento moderado evitou formação excessiva de estoques de imóveis em João Pessoa

4 de agosto de 2015

A construção civil em João Pessoa atravessa uma desaceleração gradual nas operações. Formado majoritariamente por construtoras locais, o mercado paraibano teve um crescimento mais moderado no volume de lançamentos e de vendas nos últimos anos, sem uma atuação eufórica das incorporadoras de grande porte oriundas da região Sudeste. 

Com isso, não houve uma enxurrada de oferta de imóveis, como em outras localidades que tiveram crescimento acelerado e, neste momento de crise econômica nacional, acumulam estoques elevados. 

“Observamos um ‘pouso suave’ do nosso setor na comparação com outras capitais”, diz o conselheiro e ex-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, que também é vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A oferta mais comedida pode ser observada na evolução do preço médio das unidades residenciais em João Pessoa, que subiu 2,57% entre o primeiro trimestre de 2015 e o quarto trimestre de 2014, chegando a R$ 4.181,82/m², segundo levantamento do portal de anúncios Viva Real. 

A oscilação foi a segunda maior dentre as praças pesquisadas na região Nordeste, ficando atrás apenas de Salvador, com alta de 2,65%, para R$ 4.755,25/m². Já em outras capitais, o excesso de oferta afetou os preços, que tiveram queda real no período, ou seja, alta inferior à inflação. Esse foi o caso de Recife (alta de 0,67%, para R$ 6.040,43/m²) e Natal (0,38%, para R$ 3.731,34/m²). 

Na cidade de Fortaleza, foi registrada queda nominal no valor das moradias, com retração de 0,27%, para R$ 4.005,38/ m². ‘Ocorreu um maior controle dos estoques novos em João Pessoa. As incorporadoras planejaram melhor os lançamentos, sem exceder muito a demanda da cidade. Por isso, obtêm, agora, uma das maiores valorizações do País’, diz Lucas Vargas, vice-presidente comercial da Viva Real.