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Produção da indústria cai 8,9% e tem maior recuo para julho desde 2009

2 de setembro de 2015

Pela segunda vez seguida, a produção industrial nacional mostrou sinais de fraqueza. Em julho, na comparação com o mês anterior, a atividade fabril recuou 1,5%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (2). A baixa é a maior desde dezembro de 2014.

“Essa queda de 1,5% é uma queda importante. Bate em dezembro do ano passado, que tinho sido 1,8%. E por categorias economicas, há importância nas quedas de bens semiduráveis não duráveis (-3,4%). O resultado de julho para essa categoria elimina o avanço que essa categoria tinha tido nos dois meses anteriores”, analisou Andre Luiz Macedo, gerente de Indústria do IBGE.

Já em relação a julho do ano passado, a queda foi ainda maior, de 8,9% – a mais intensa para julho desde 2009, nessa base de comparação. Naquele mês, a retração havia sido de 10%. No ano, de janeiro a julho, a indústria acumula perdas de 6,6% e, em 12 meses, de 5,3%.

“O resultado desse mês faz com que o total da indústria não só se distancie do ponto mais elevado da série histórica [14,1%, alcançado em junho de 2013], mas faz com que o setor industrial opere em níveis de 2009. Em termos de patamar, está próximo de maio de 2009, de um período onde a indústria vinha buscando se recuperar, após 2008.”

De junho para julho, a maioria dos setores apresentou resultados negativos. O recuo foi puxado, principalmente, por produtos alimentícios (-6,2%), atividades de bebidas (-6,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%) e de indústrias extrativas (-1,5%), entre outros. 

Entre as categorias, a de bens de consumo semi e não-duráveis teve a maior retração ao recuar 3,4%. Também tiveram taxas negativas os setores produtores de bens intermediários (-2,1%) e de bens de capital (-1,9%).

Na análise das categorias, bens de capital recuaram 27,8% e bens de consumo duráveis, 13,7%. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) e de bens intermediários (-5,6%) também registraram queda.