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Apenas 12% dos empresários pretendem contratar temporários no fim do ano

1 de outubro de 2015

Contando com a previsão de que as vendas no fim deste ano devem se situar em um volume bem inferior ao registrado em 2014, apenas 12% dos empresários do comércio consultados pelo SPC Brasil pretendem contratar trabalhadores temporários para o período. De acordo com a economista-chefe Marcela Kawauti, isso significa que apenas 24 mil temporários serão empregados em todo o Brasil para reforçar os quadros de funcionários neste fim de ano.

“Além de investigar as percepções gerais sobre o mercado de contratações em meio a crise, o estudo também mapeia a expectativa de vendas para o período”, destaca Marcela.

Segundo ela, a constatação de faturamento mais baixo, mudanças nos cenários político e econômico, inflação e desemprego em níveis elevados com consequentemente perda do poder de compra do consumidor figuram entre os motivos que levaram 88% dos empresários a decidirem não contratar temporários para o período das festas.

Para 48% dos entrevistados, o faturamento nos últimos três meses foi pior que o esperado, de acordo com o levantamento do SPC Brasil. A mudança nos cenários político e econômico é mencionada por 53% dos empresários abordados. O desemprego é citado na pesquisa por 47%, e a inflação e seu efeito corrosivo sobre o poder de compra das famílias, por 45% dos entrevistados.

“Como estamos falando de expectativas, pode ser que até o fim do ano possa ocorrer alguma diferença para cima ou para baixo. Mas achamos difícil que o quadro mude tanto”, disse ela.

De acordo com ela, a pesquisa existe desde 2013, mas melhorias feitas na metodologia tornou o levantamento incomparável com o do ano passado. Neste ano, a pesquisa incorporou cidades do interior dos Estados e também varejos em que apenas o dono trabalha.

“Mesmo essas empresas acabam contratando um ou dois temporários para ajudar atender o maior volume de demanda.

Em relação às vendas para o Natal, a pesquisa do SPC Brasil apurou que apenas 27% dos empresários planejam fazer investimentos no estabelecimento. “Esse porcentual é maior no comércio varejista (33%)”, acrescentou.

Ainda de acordo com o levantamento, as estratégias usadas por aqueles que pretendem investir serão: o aumento na variedade dos produtos/serviços (54%), a ampliação do estoque (37%) e o investimento na divulgação da empresa (29%).

Para a maioria que não pretende investir (71%), a principal justificativa é a de que o investimento não é necessário visto que não há uma expectativa de aumento na demanda, 42%.